Mara Duarte, neuropedagoga e diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação / Foto: Divulgação
Dados e análises apontam para a forte presença feminina na formação e na liderança, refletindo tradições culturais e políticas de inclusão
No Mês da Mulher, dados do Censo Escolar em 2020 evidenciam que entre 80% e 85% dos professores da rede pública são mulheres, mostrando uma expressiva predominância na docência. Essa representatividade se estende, ainda que de forma variável, aos cargos de gestão escolar, onde as educadoras vêm ocupando posições de liderança e contribuindo para a definição de políticas pedagógicas.
Mara Duarte, neuropedagoga e diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação, destaca que essa identificação com a área educacional tem raízes históricas marcadas pela associação com qualidades como o cuidado, a empatia e a sensibilidade. “Historicamente, a educação sempre foi vista como uma extensão do trabalho materno, o que facilitou a inserção do público feminino nessa profissão e, posteriormente, o acesso a cargos de liderança,” explica Mara.
A tradição cultural aliada às políticas públicas de inclusão contribuiu para que a educação se consolidasse como um campo de maior acessibilidade. Além disso, a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas se evidencia em dados do IBGE, que apontam que cerca de 18,9 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência.
Nesse contexto, a formação continuada dos professores é vista como fundamental para a adaptação de estratégias às demandas específicas dos alunos, incluindo aqueles com transtornos como TEA e TDAH. “Os educadores que investem em formação contínua ampliam seus conhecimentos e podem adaptar estratégias que respeitam as individualidades dos alunos,” ressalta a psicopedagoga.
Ao unir recursos, promover treinamentos e adotar metodologias baseadas na neuroeducação, as gestoras têm contribuído para a construção de um sistema educacional que valorize a pluralidade e a individualidade. Essa atuação não só fortalece a gestão escolar, mas também pavimenta o caminho para uma educação que reconhece e respeita as diferenças, essencial para enfrentar os desafios do ensino contemporâneo.
Essa combinação de fatores — dados estatísticos, construções culturais e políticas de inclusão — explica a forte presença feminina tanto nas salas de aula quanto na gestão escolar. Ao assumir papéis centrais na formação e na administração educacional, as mulheres contribuem para a construção de ambientes de ensino que buscam atender às demandas contemporâneas e promover a inclusão.
A predominância feminina na educação reflete não apenas números expressivos, mas também uma trajetória histórica que valoriza o papel do cuidado e da formação integral, reafirmando a importância de se investir na capacitação e no reconhecimento das educadoras em todo o país.
Sobre Mara Duarte da Costa
Mara Duarte da Costa é neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.
Sobre a Rhema Neuroeducação
A Rhema Neuroeducação foi criada por Fábio da Costa e Mara Duarte da Costa há mais de 15 anos com o objetivo de oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas envolvidas no processo do desenvolvimento infantil, tanto nas áreas cognitivas e comportamentais, quanto nas áreas afetivas, sociais e familiares. A empresa atua em todo o Brasil e em mais de 20 países, impactando a vida de milhões de pessoas pelo mundo com cursos de graduação, pós-graduação, cursos de capacitação e eventos gratuitos. Para mais informações, acesse o site https://rhemaneuroeducacao.com.br/.