23 de novembro de 2024

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Rir causa rugas? Confira os 5 principais mitos

Foto: Freepik

Com base em estudos, médico desmistifica a relação entre o riso e as rugas

Ainda é comum associar o riso com o surgimento de rugas, principalmente na área dos olhos e ao redor da boca, onde os músculos faciais são mais ativados. Mas, será que as expressões faciais realmente prejudicam a saúde da pele?

Segundo Luís Maatz, cirurgião plástico, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC/FMUSP), e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP); tanto a flacidez como as rugas estão relacionadas ao envelhecimento, associado à genética e a fatores intrínsecos, como alterações hormonais.

“Com o tempo, há um processo natural de oxidação, quando há perda das fibras de colágeno e elastina, que sustentam os tecidos corporais. Também há os fatores externos, que acabam abreviando o envelhecimento da pele, como sedentarismo; alimentação inadequada; tabagismo; exposição solar excessiva sem uso de filtro solar; poluição; variações de peso; entre outros”.

Sendo assim, para que ninguém economize nas risadas, especialmente no Dia Nacional do Riso, em 06 de novembro, o cirurgião Luís Maatz pontuou alguns dos principais mitos sobre a relação entre o riso e as rugas. Confira:

Sorrir frequentemente causa rugas ao redor dos olhos

Mito: segundo Maatz, embora sorrisos possam formar linhas ao redor dos olhos (os chamados “pés de galinha”), as marcas são, em grande parte, temporárias.

“Rugas mais profundas resultam principalmente de fatores como a exposição ao sol e a diminuição de colágeno com a idade”. Um artigo da Penn Medicine reforça que até 90% dos sinais de envelhecimento cutâneo são causados pela exposição aos raios UVA.

Evitar expressões faciais reduz o surgimento de rugas

Mito: reprimir expressões faciais não impede o envelhecimento da pele. Pesquisadores da Mayo Clinic afirmam que a genética e o estilo de vida têm um impacto muito maior na formação de rugas do que expressões temporárias.

“Além disso, o estímulo dos músculos faciais ajuda a preservar a tonicidade e a sustentação da pele ao longo do tempo, retardando a flacidez e o envelhecimento do rosto”, afirma Luís Maatz.

O hábito de franzir a testa aumenta a propensão às rugas

Mito: qualquer expressão repetida pode criar linhas temporárias, mas as linhas duradouras resultam de fatores mais complexos, como a genética e a degradação estrutural da pele. Estudos mostram que sorrisos e expressões neutras, quando acompanhados de exposição ao sol, têm o mesmo potencial de formar ruga.

Rugas de expressão são irreversíveis

Mito: “Muitas rugas de expressão são dinâmicas, ou seja, aparecem apenas quando fazemos certas expressões, e não são permanentes. Procedimentos como a aplicação de toxina botulínica ajudam a suavizar essas linhas já existentes, indicando que elas não estão fixadas na estrutura da pele”, explica Maatz.

Segundo a American Academy of Dermatology, esse tipo de linha é menos resistente ao tratamento comparado às rugas causadas por danos solares.

Botox previne o surgimento de rugas

Mito: De acordo com uma revisão de estudos publicada no Brazilian Journal of Health Review, o uso da toxina botulínica na prevenção do surgimento de rugas faciais demonstrou ser eficaz, mas sua aplicação para essa finalidade ainda é objeto de debate na comunidade científica. “Os efeitos a longo prazo são alguns dos aspectos que demandam mais estudos para avaliar a utilização preventiva do Botox”, pontua o cirurgião.

“Evite usar produtos ou recorrer a procedimentos sem orientação médica. Procure um especialista que te acompanhe na prevenção e no tratamento das suas linhas, levando em conta sua idade e seu tipo de pele”, alerta Luís Maatz.

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