24 de novembro de 2024

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Rouquidão persistente não é comum e pode ser indício de um problema mais grave

Foto: Freepik

Especialista alerta sobre cuidados com a voz e possíveis doenças, inclusive câncer de laringe

Ficar com a voz rouca após voltar de um show ou quando está resfriado é totalmente normal e não causa nenhum problema definitivo, mas quando a rouquidão passa a durar por duas semanas ou mais, pode ser um indicativo de uma doença mais grave, podendo mesmo ser até um indício de câncer de laringe, que quando diagnosticado precocemente, tem 95% de chance de cura.

Para o otorrinolaringologista na Clínica Dolci, André Freire Kobayashi, a rouquidão persistente pode atingir qualquer pessoa, não somente aquelas que trabalham usando a voz, e o seu diagnóstico precisa ser feito o quanto antes. “Algumas patologias podem estar associadas a rouquidão persistente, as mais comuns são a gripe e o resfriado, mas pode também ser lesão nas cordas vocais, refluxo faringo-laríngeo, tumores benignos e até mesmo tumores malignos, por exemplo, o câncer de laringe. Por conta disso, é muito importante consultar um especialista”, comentou. 

Existem alguns cuidados que podem ser tomados para evitar a rouquidão, se hidratar com frequência, evitar poeira, não ingerir alimentos muito gelados ou quentes, não ter choques de temperatura, evitar o consumo excessivo de cigarro e álcool, além de evitar gritar ou sussurrar, pois aumenta a tensão na laringe. Mesmo com todos esses cuidados, o otorrino deve ser consultado antes mesmo dos 15 dias, onde se considera rouquidão persistente, visto que dessa maneira o diagnóstico pode ser feito antes do problema se tornar maior.

“Normalmente, as pessoas se preocupam com a voz rouca quando ela persiste por duas semanas, mas outros sintomas podem estar associados a algum problema da voz, entre eles estão a necessidade de um grande esforço para poder falar, voz mais aguda ou grave e até mesmo o aparecimento de caroços palpáveis no pescoço”, explicou Kobayashi. “Não há por que esperar os sintomas começarem a atrapalhar a rotina, para procurar um otorrino. Quanto antes começar o tratamento, melhor para a saúde do paciente”, completou. 

Após o diagnóstico, o otorrino saberá a causa do problema e poderá prosseguir com a melhor forma de tratamento para o paciente, podendo prescrever medicamento, repouso vocal ou se o caso for mais grave, um procedimento cirúrgico. Em alguns casos, o profissional poderá também encaminhar a pessoa para a fonoterapia.

Dr. André Freire Kobayashi: otorrinolaringologista na Clínica Dolci Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo. Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Residência Médica de Otorrinolaringologia na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Título de Especialista pela ABORL. Fellowship em Laringologia no Departamento de Otorrinolaringologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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