Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de saúde (OMS), a Associação Brasileira de Psiquiatria e a Vital Strategies, fala que entramos numa pandemia de saúde mental.
Nos últimos anos, há um crescente reconhecimento do importante papel que a saúde mental desempenha na consecução dos objetivos globais de desenvolvimento, conforme ilustrado pela inclusão da saúde mental nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A depressão é uma das principais causas de incapacidade.
O suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem prematuramente – até duas décadas antes – devido a condições físicas evitáveis.
A psicóloga pós-graduada em neurociência e CEO da Eleve Consulting, Shana Wajntraub, comenta que todo mundo pode se sentir ansioso, triste ou desmotivado por vezes. Mas relativamente não são todos os casos que se desenvolve uma doença mental. Mas qual é a diferença? Uma doença mental é um quadro duradouro e que impacta significativamente no bem-estar, na autoimagem, no relacionamento com os outros e no funcionamento do dia a dia.
Dezenas de doenças mentais foram identificadas e definidas. Eles incluem depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, esquizofrenia e diversos outros.
No Brasil os mais comuns são a depressão e a ansiedade. A Associação Brasileira de Psiquiatria cita que um quarto da população tem, teve ou terá depressão ao longo da vida.
Quadros de transtorno mental estão associados a um conjunto de fatores genéticos e ambientais, mas importante ressaltar que um algo em comum em muitos casos é que eles são desencadeados por quadros de estresse elevado e duradouro. É importante perceber sintomas iniciais de estresse crônico ou de possíveis transtornos mentais, e o quanto antes procurar ajuda. Alguns dos sintomas são:
• sentindo-se para baixo ou desmotivado por um tempo prolongado;
• mudanças extremas de humor;
• afastamento repentino da família, amigos ou atividades sem motivo aparente;
• dificuldades no sono;
• frequentemente sentindo raiva, hostilidade ou violência;
• sentir-se paranoico;
• pensando em morte ou suicídio.
“Existem muitas maneiras de melhorar a saúde mental, e a escolha das estratégias que funcionam melhor para cada pessoa pode variar dependendo de suas necessidades individuais.” esclarece Shana Wajntraub. No entanto, aqui estão algumas dicas gerais que podem ajudar a melhorar a saúde mental:
1. Pratique a auto aceitação: Aceite suas emoções e pensamentos sem julgamento e aprenda a amar e cuidar de si mesmo, independentemente de seus erros ou falhas.
2. Durma bem: A qualidade e quantidade do sono têm um grande impacto na saúde mental, por isso é importante garantir que você esteja dormindo o suficiente e que sua qualidade de sono seja boa.
3. Alimente-se bem: O que você come pode afetar diretamente sua saúde mental. Escolha alimentos saudáveis e nutritivos e evite excesso de açúcar, cafeína e álcool.
4. Exercite-se regularmente: A atividade física pode ajudar a reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar a autoestima.
5. Pratique a meditação, mindfulness e a atenção plena: essas práticas podem ajudar a reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão, melhorando a clareza mental e a resiliência.
6. Fale com alguém: Encontre alguém em quem confie para conversar sobre seus sentimentos e pensamentos, seja um amigo, familiar ou um profissional de saúde mental.
7. Faça atividades que você gosta: Dedique tempo para fazer atividades que lhe trazem alegria e prazer, como hobbies, leitura, assistir filmes, ouvir música, entre outros.
“Lembre-se de que a saúde mental é uma jornada pessoal, e não existe uma solução única que funcione para todos. Experimente diferentes estratégias e encontre o que funciona melhor para você. Além disso, é sempre importante buscar ajuda profissional se estiver enfrentando problemas mais graves ou prolongados de saúde mental.” Finaliza Shana Wajntraub.
Shana Wajntraub, conhecida como Shana Eleve, é psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Professora da HSM, palestrante da HSM expo em 2021. também palestrou no CBTD em 2020 e 2021 e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, Vivo, Amil, Magazine Luiza, Camil.