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Especialista destaca cuidados físicos, psicológicos, emocionais e familiares, para garantir qualidade de vida no processo de envelhecimento
O envelhecimento da população é uma realidade no mundo. No Brasil, a expectativa de vida já aumentou mais de 30 anos desde a década de 40, de acordo com Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O órgão aponta que as pessoas nascidas em 2021 teriam a expectativa de viver, em média, 77 anos.
Somente na ultima década o percentual de pessoas com 60 anos ou mais, saltou de 11,3% para 15,1%, de acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Em 2018, já eram mais 28 milhões de idosos no país, número que tendem a crescer.
De acordo com Jaqueline Mariani Papaiordanou, Geriatra do programa de Longevidade do Hospital São Luiz Itaim, esse fenômeno é resultado de diferentes fatores, como a queda da fecundidade e da taxa de mortalidade, dos avanços da medicina e farmacologia, além de políticas de saúde pública, como saneamento básico e vacinação.
“Neste cenário, mais importante do que a longevidade, é a qualidade de vida, que visa desfrutar da maturidade com saúde física e mental, dentro de sua plenitude.” Destaca Dra. Jaqueline.
De acordo com levantamento do Programa Longevidade D’Or no Hospital São Luiz Itaim, os cinco problemas de saúde mais frequentes identificados entre os pacientes são hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, artrose e osteoporose.
Outras doenças como ansiedade, arritmia, câncer, depressão, hipotireoidismo, obesidade, AVC (Acidente Vascular Cerebral), fraturas, dor crônica e síndrome demencial, também foram identificados.
“Muitas dessas doenças estão diretamente ligadas aos hábitos adotados ao longo da vida, como sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool e tabaco, entre outros. Por isso, é essencial adotar, desde cedo, hábitos saudáveis e uma postura preventiva”, alerta a geriatra do São Luiz Itaim.
Com uma linha de cuidado ultra especializada, que proporciona a realização da assistência individualizada, os atendimentos do Longevidade D’Or são realizados no Centro Cardiopulmonar do Hospital São Luiz Itaim, na zona Sul da capital paulista, que conta com consultórios ambulatoriais e uma gama completa de exames.
Confira algumas dicas para manter a saúde na terceira idade.
– Atividade física: A prática de atividades e o combate ao sedentarismo são os principais aliados na busca da qualidade de vida. “Além do aumento de massa muscular, dando mais força e agilidade, ainda aperfeiçoa a capacidade cardiopulmonar, fazendo com que o idoso tenha maior autonomia, menor risco para doenças cardiovasculares, menor risco para quedas e, com isso, menor dependência”, explica Dra. Jaqueline.
– Estimulo cognitivo: Com o passar dos anos, é notada uma diminuição na velocidade de raciocínio lógico e dificuldade de aprendizado, por isso o estímulo cognitivo se torna tão importante. Jogos e atividades como memória, caça-palavra e sudoku, ou até mesmo aprendizado de novas línguas ou atividades musicais, são de extrema importância para o estímulo cognitivo e sua manutenção.
“Os pacientes que praticam essas atividades apresentam menores riscos do declínio cognitivo, raciocínio e habilidade para resolver problemas”, complementa a médica.
– Convivência social: O convívio social é inerente ao ser humano, no entanto, pessoas idosas tendem a se isolar e evitar atividades sociais, muitas vezes tendo menor contato até mesmo com os familiares.
“É importante estimular essa a convivência social, uma vez que isso diminui riscos de doenças como depressão e ansiedade, além de manter o idoso mais ativo”, enfatiza a geriatra.
– Alimentação: O consumo de proteínas e alimentos saudáveis, como frutas, verduras e legumes, e o menor uso de alimentos industrializados e ultraprocessados, em qualquer idade, é muito importante. Mas, após os 60 anos, mesmo com a diminuição do apetite, é importante garantir a correta nutrição, que auxilia na prevenção de doenças, disposição física e qualidade de vida durante o envelhecimento.
– Sono: Pacientes com pouco sono ou baixa qualidade do sono tendem a ter mais quadros de ansiedade, diminuição de memória e irritabilidade. Dormir bem pode auxiliar ainda na diminuição dos riscos do uso indevido de medicações
– Prevenção: Realizar consultas e exames de rotina é essencial para identificar doenças de forma precoce. Na terceira idade, o médico geriatra é a melhor opção, pois avalia diversos aspectos físicos, psicológicos, emocionais e familiares, permitindo uma individualização do tratamento.