26 de novembro de 2024

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Síndrome do Bebê Sacudido: o perigo invisível e as consequências devastadoras

Síndrome pode ocasionar uma série de problemas neurológicos

Conhecida internacionalmente como “Shaken Baby Syndrom”, essa condição, que afeta principalmente bebês de poucos meses, pode ser fruto de algo aparentemente inofensivo, que é o de sacudir ou chacoalhar as crianças para que se acalmem, ou até mesmo jogá-las em brincadeiras, o ato pode provocar lesões cerebrais severas.

O neurocirurgião pediátrico Alexandre Canheu (foto), destaca que a ação de sacudir o bebê de forma intensa pode causar danos no cérebro, impedindo a adequada oxigenação. Esse movimento brusco pode resultar em hemorragias, hematomas, danos cerebrais irreparáveis.

“Em um primeiro momento com o choque, pode ocorrer pequenas lesões que provocam pequenos sangramentos cerebrais. No começo a criança fica apenas irritada, mas ao longo do tempo isso acaba comprometendo o desenvolvimento neurológico, pois afeta o cérebro como um todo”, alerta.

As consequências mais frequentes ocasionadas pela síndrome incluem contusões, rompimento de fibras nervosas e edema do sistema nervoso central. Os sintomas decorrentes dessas lesões são variados, como alteração do nível de consciência, irritabilidade, problemas respiratórios, sonolência, recusa alimentar e vômitos. Canheu ressalta a importância de identificar rapidamente esses sinais para iniciar o tratamento adequado.

“A maioria dos pacientes não apresentam lesões físicas visíveis, mas é possível observar hemorragias subdurais, subaracnóideas e retinianas. Para identificar a síndrome, é necessário atenção com a criança que chega no pronto-socorro, realizando exames neurológicos. Entre os procedimentos comuns estão a anamnese detalhada, exame físico minucioso com exame de fundo de olho, tomografia computadorizada, ressonância magnética e biomicroscopia de fundo de olho. É importante destacar que na grande maioria das vezes, crianças com quadros assim foram alvo de abuso infantil e maus-tratos”, comenta.

Consequências a longo prazo

As consequências mais frequentes são a cegueira total ou parcial, surdez, atraso na aprendizagem e a deficiência intelectual. Nos casos mais graves, a criança pode morrer.

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