Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania em fala na Universidade Federal de Santa Catariana (Foto: Reprodução – YouTube/MDHC)
Confira como foi a passagem do ministro por SC em meio à construção do Plano Viver sem Limites 2; nesta terça, titular do MDHC participou do debate “Diálogos interseccionais da deficiência” em parceria com a UFSC
O papel das universidades na construção de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência foi destacado pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, nesta terça-feira (1º), em discurso na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis (SC). O gestor participou do evento “Diálogos interseccionais da deficiência”, promovido pelo MDHC, por meio da Secretaria Nacional dos Direito das Pessoas com Deficiência, com apoio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) da UFSC.
Ao abordar o papel das universidades na evolução do pensamento crítico, o ministro disse que o ambiente é primordial para a construção de um futuro promissor e inclusivo para todos. Silvio Almeida destacou que a agenda de promoção das pessoas com deficiência é uma as prioridades do governo do presidente Lula, reforçada recentemente durante o último encontro com o governante.
“Precisamos que as universidades afirmem uma economia política da inclusão. A economia vigorosa da inclusão precisa ser estimulada em suas potencialidades. Precisamos de uma universidade que incorpore a inclusão e os direitos humanos como o ar que ela respira. E que isso se expresse e traduza em inúmeros frutos que ela generosamente produz. Só assim daremos contribuições efetivas”, afirmou o ministro.
Viver sem Limites 2
Presente no encontro, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, ressaltou o significado de estar em Santa Catarina dialogando para a reconstrução no contexto do Viver Sem Limites 2. “Temos como diretrizes a participação e o compromisso político de atuar nos territórios porque é onde a vida acontece, onde os direitos saem do papel e precisam ser vivenciados pelas pessoas. O compromisso da coletividade é fundamental para construir as bases de uma sociedade mais justa e igualitária, inclusiva e feliz”, afirmou Feminella.
A gestora defendeu a efetivação dos avanços normativos sobre os direitos das pessoas com deficiência e lembrou dos desafios para alcançar os direitos humanos. Na ocasião, Feminella pediu apoio para as ações de combate ao capacitismo, como a divulgação de cartazes, folders e informações de conscientização que serão divulgadas pelas redes do MDHC.
O Plano viver Sem Limites 2 é uma continuação da primeira versão do Viver sem Limites, de 2011, e abrange políticas públicas direcionadas às pessoas com deficiência e suas famílias. Com quatro eixos temáticos, o objetivo principal é a promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais por intermédio do enfrentamento às barreiras que as impedem de exercer a plena cidadania. A previsão é que o plano seja entregue até outubro deste ano.
Mais agendas em SC
Durante sua passagem por Florianópolis, o ministro Silvio Almeida participou de mais duas agendas na universidade pela manhã. Ele integrou a mesa de diálogo sobre direitos humanos no auditório Goiabeira. em um segundo momento encontrou-se com representantes do Movimento Humaniza SC. O projeto é fruto da união de diversas entidades da sociedade civil e atua pelo enfrentamento ao preconceito e à discriminação de segmentos-alvo do MDHC.
Um encontro com reitores do Instituto Federal de Santa Cataria (IFSC), e com a reitora do Instituto Federal de Camboriú (IFC), para falar sobre o reconhecimento das ações referentes à inclusão de pessoas com deficiência. foram parte da agenda no período da tarde. A visita encerrou com a reunião com autoridades do Ministério Público do Trabalho (MPT), para discutir ações de combate ao trabalho escravo relacionadas ao resgate de pessoas com deficiência. O ministro esteve acompanhado pela secretária Anna Paula Feminella.