Ferramenta Rota de Maturidade em Economia Circular permite autoavaliação das empresas e apresenta recomendações e sugestões de práticas para qualquer indústria ser mais sustentável

Quer ter mais eficiência? E otimizar os processos produtivos, reduzir o lixo e ainda diminuir os custos? Para ajudar empresas de todos os portes a ingressar no mundo da economia circular e fortalecer suas práticas sustentáveis, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou a ferramenta Rota de Maturidade em Economia Circular, que permite que as empresas façam uma autoavaliação e recebam um diagnóstico sobre o grau de adoção de práticas em torno do tema. E o melhor, é gratuito!

A ferramenta apoia a gestão estratégica dos recursos e a inovação de modelos de negócio, proporcionando mais eficiência e custos menores. “A Rota de Maturidade busca guiar empresas em transição para uma economia circular, de modo a apoiar a definição de estratégias e a construção de planos de ação para implementação de práticas, tendo as melhores práticas internacionais como referência”, afirma o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

Para fazer a análise, a empresa precisa responder um questionário, que pode ser feito em quatro níveis: toda a empresa, uma unidade, um modelo de negócio ou um produto. Após o diagnóstico, a ferramenta fornece um relatório customizado com recomendações de práticas que podem ser implementadas para alavancar a sustentabilidade da organização, além de apresentar infográficos com a pontuação atingida. A organização também pode acompanhar sua evolução temporal por meio da ferramenta.

A iniciativa foi desenvolvida pela CNI, a partir de pesquisas do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (InovaUSP) e com apoio da consultoria Upcycle.

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Diagnóstico e avaliação trazem oportunidades de melhorias

A fabricante de papel cartão Ibema foi convidada pela CNI para participar da fase piloto da plataforma. Segundo a especialista em sustentabilidade da companhia, Alessandra Pavelski, a participação da Ibema foi uma “oportunidade de entender e avaliar o nosso momento da empresa em relação à economia circular”.

“Paramos para pensar em todas as alternativas da economia circular que já usamos na Ibema. Muitas vezes, incorporamos essas medidas, mas não paramos para pensar e avaliar. Encontramos também alguns gaps que foram importantes para atuar internamente. E vimos que temos mais oportunidades para atuar nesse tema”, aponta Alessandra Pavelski.

O que sua empresa ganha ao investir em economia circular:

• melhoria da reputação da marca;
• criação de fluxos mais eficientes e sustentáveis de produção;
• atendimento das necessidades dos clientes cada vez mais exigentes;
• atendimento das demandas dos investidores;
• criação de novos modelos de negócios.

A avaliação do programa é composta por quatro módulos:

• Gestão estratégica: avalia atividades de planejamento, execução e monitoramento, inclusive objetivos e metas; se os conceitos de circularidade são difundidos entre colaboradores e parcerias nessa área;
• Planejamento da Solução: focada nos processos de desenvolvimento de produtos e serviços, incluindo pesquisa, desenvolvimento e inovação.
• Gestão de recursos: aplicação de recursos financeiros e energéticos, de modo que haja mínima emissão de poluentes e conservação de recursos naturais; análise de toda a cadeia produtiva e do ciclo de vida do produto;
• Produção e Entrega da Solução: aplicação de tecnologias, monitoramento e manutenção de operações circulares e como é feita a entrega aos clientes.

A economia circular é um dos quatro pilares da estratégia da indústria para uma economia de baixo carbono. Ela associa o desenvolvimento econômico a um melhor uso dos recursos naturais, por meio de novos modelos de negócios, otimização nos processos de fabricação, menor dependência de matéria-prima virgem e priorização de insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.