27 de novembro de 2024

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ONU afirma: empresas e indústrias que apostam em soluções ecologicamente corretas têm potencial para crescer U$ 8 trilhões até 2030

Crédito: Canva

Investimentos em soluções amigáveis ao meio ambiente revertem em mais negócios: a conquista de novos clientes, a melhora da imagem no mercado e as chances de se conseguir benefícios fiscais

A inovação verde – com bens e serviços com pegadas de carbono de menos impacto – tomará conta dos países em desenvolvimento e sairão na frente as empresas que se beneficiarem de soluções inteligentes e, portanto, mais econômicas, conforme comportamento já demonstrado em revoluções anteriores, como a industrial e a tecnológica. A afirmação é da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), da Organização das Nações Unidas (ONU), que consta no relatório de Tecnologia e Inovação 2023.

“Esse é o momento para as nações emergentes aproveitarem os aumentos de produtividade associados às tendências digitais e se recuperarem economicamente, ao mesmo tempo em que ajudam a proteger o planeta”, diz a pesquisa, salientando que, caso contrário, se o negócio preferir deixar a onda passar até quebrar na praia, devido à falta de atenção ou de investimento, as consequências serão bem negativas e duradouras.

E engana-se quem pensa que tem pouca gente surfando essa onda. Hoje, as pegadas verdes representam um mercado de US$ 1,5 trilhão, com potencial para crescer mais de US$ 9,5 trilhões até 2030, três vezes o tamanho da economia indiana. Contudo, infelizmente, somente as grandes potências mundiais é que estão se aproveitando dessas oportunidades. Prova disso é que o total de exportação de tecnologias verdes dos países desenvolvidos, cujo salto, de cerca de US$ 60 bilhões em 2018, ultrapassou a casa de US$ 156 bilhões em 2021. No mesmo tempo, as exportações dos países em desenvolvimento subiram de US$ 57 bilhões para cerca de US$ 75 bilhões. “Em três anos, a participação desses países caiu de mais de 48% para menos de 33%”, aponta a pesquisa da Unctad.

Na pegada verde, indústrias apostam em otimização da eletricidade com uso de novas tecnologias

Analisando esses números, não é por acaso que a indústria brasileira seja o setor que mais gaste com eletricidade, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), consumindo 30% do total de energia produzida no país, a qual, muitas vezes, é desperdiçada. Para reverter esse cenário, e produzir mais com menos, é fundamental investir em bons equipamentos mais funcionais e econômicos.

“Um exemplo de economia, nesse aspecto, é o inversor de frequência, que pode resolver não só o problema da conta de luz, mas ainda contribuir com a redução de acidentes de trabalho, ampliar a produtividade e melhorar a imagem do negócio perante os clientes e o mercado”. É o que garantiu Vinicius Rodrigues Basilio, especialista em vendas de controle de movimento da Siemens durante uma palestra realizada em maio na sede da Reymaster Materiais Elétricos, em Curitiba/PR.

Segundo ele, antes de investir em um equipamento desses, é preciso ir a fundo e entender sua função, bem como a de outras soluções auxiliares. “Isso porque o inversor de frequência é instalado para modificar o movimento de motores que operam em diversos tipos de produção, com velocidade constante, sem pausa ou oscilações. Assim, seu propósito é proporcionar um controle mais avançado do maquinário, através do convertimento da corrente elétrica alternada fixa (corrente e tensão) em corrente CA variável, fazendo com que a velocidade do motor tenha variações, mas sem gastar mais energia para isso”.

Falando em onda, é como se ele funcionasse como um “tsunami de aceleração”: no acionamento do motor, para que a potência máxima seja atingida rapidamente, a partida tem que ser brusca. Tal ação, mesmo que favoreça a operação, não é nada vantajosa para os elementos do motor, e conforme isso é feito, com o tempo, o resultado é o desgaste das peças e danos permanentes, o que ocasiona a redução da vida útil do equipamento, manutenções frequentes e paradas na linha de produção constantes.

Equipamentos que reduzem consumo em motores nas indústrias

Durante a atividade na Reymaster, o palestrante apresentou a linha de drives SINAMICS G120, da Siemens, composta por inversores de frequência que atendem faixas de potência entre 0,55 e 250kW. Entre os principais benefícios, destaque para as soluções que oferecem aceleração e frenagem suave por meio de um movimento programado; menor perda de torque; precisão no controle do giro do motor; menor intervenção de pessoas; diminuição de incidentes com choques elétricos; frenagem direta, sem o uso de freios mecânicos; maior durabilidade das peças; instalação rápida e simplificada; e o principal: a economia de energia, o que colabora para o bolso do empresário, o barateamento do produto ao consumidor e com a redução dos gases de efeito estufa, prejudiciais às pessoas e ao meio ambiente.

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