26 de novembro de 2024

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Junho Preto: uso do protetor solar é fundamental para prevenção do câncer de pele mesmo nos dias nublados ou no inverno

Foto: Freepik

Além dos cuidados com a fotoproteção, a observação constante da própria pele é uma forma de prevenir ou diagnosticar precocemente a doença

Junho Preto é o mês de conscientização sobre câncer de pele, principalmente o melanoma. De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar mais de 220 mil novos casos da doença por ano no triênio 2023-2025, sendo o tipo de neoplasia mais incidente no país e no mundo. No caso do melanoma, tipo mais raro de tumor cutâneo, a previsão é de 8.980 novos casos. Na Bahia, a estimativa é de 10.520 casos do tipo não melanoma e 250 casos de melanoma. Apesar de sua baixa incidência, o melanoma é considerado o tipo de tumor de pele mais agressivo e letal por sua capacidade de evoluir rapidamente com a disseminação para outros órgãos (metástases).

O câncer de pele pode ser considerado um tumor evitável. Isso reforça a importância da conscientização da população sobre a necessidade de adoção de medidas preventivas. Mesmo no inverno e nos dias de chuva, a ação da radiação ultravioleta (UV) sobre a Terra é intensa e os cuidados com a exposição solar devem ser tomados diariamente. “O uso diário do filtro com Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo de 30, deve ser feito durante o ano todo, mesmo nos dias nublados, uma vez que 90% da radiação UV atravessa as nuvens”, esclarece o oncologista André Bacellar, da Oncoclínicas na Bahia.

Além da proteção contra o câncer, a fotoproteção é uma aliada para prevenir o envelhecimento cutâneo precoce. O câncer de pele é uma doença causada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Elas se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, é definido o tipo de tumor, que pode ser melanoma ou não melanoma (carcinoma basocelular e espinocelular). Mais comum em indivíduos com mais de 40 anos e raro em crianças e pessoas negras, a neoplasia acomete, principalmente, adultos com pele muito clara, olhos claros e com doenças cutâneas prévias. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolver a doença. “A exposição prolongada ao sol sem uso de filtro solar, especialmente na infância e na adolescência, é o principal fator para desenvolvimento do câncer de pele”, afirma André Bacellar.

Melanoma: tipo de câncer de pele mais agressivo

Mesmo sendo o tipo de câncer de pele mais agressivo e letal por sua capacidade de atingir rapidamente outros tecidos e órgãos do corpo, o melanoma, quando diagnosticado em estado inicial, tem até 95% de chances de cura só com a cirurgia para a retirada do tumor. De acordo com um estudo americano, publicado na revista científica “Archives of Dermatology”, pacientes com melanoma apresentam um risco 28% maior de desenvolver outros tipos de tumor, principalmente de mama, próstata e linfoma não Hodgkin.

O melanoma cutâneo tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Pessoas com pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros estão no grupo com mais risco. Também apresentam mais predisposição à doença indivíduos com histórico familiar, histórico de queimaduras solares, pintas e que ficam vermelhos, mas nunca se bronzeiam.

Normalmente, a doença se manifesta com o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares, acompanhada de coceira e descamação. Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares.

Além dos cuidados para se proteger da exposição solar excessiva, é importante estar atento a qualquer alteração na pele e fazer a consulta anual ao dermatologista. “Ao notar uma ferida que não cicatriza ou uma pinta que está mudando de cor, é importante procurar de imediato seu dermatologista”, alerta André Bacellar.     

Melanoma acral: mais comum em afrodescendentes

Subtipo raro de câncer de pele, o melanoma acral acomete pessoas independentemente da cor da pele, mas tem maior incidência em afrodescendentes e asiáticos. Ao contrário dos outros tipos de câncer cutâneo, o melanoma acral se desenvolve em partes do corpo mais protegidas da exposição ao sol, como a palma das mãos, a planta dos pés e unhas, e pode ser confundido com outros problemas de pele, como micoses e outras condições benignas, o que, muitas vezes, acaba levando ao diagnóstico tardio. “É importante estar atento a sinais, como uma linha preta na unha ou uma pinta irregular que surge na palma das mãos ou planta dos pés”, adverte André Bacellar.

“As pessoas de pele negra têm a melanina como um filtro solar natural, no entanto, são mais suscetíveis a desenvolverem o melanoma acral, que é bastante agressivo”, esclarece o oncologista. “Manchas escuras nessas áreas podem ser outras condições benignas, mas devem ser investigadas o quanto antes”, reforça o oncologista.

Tratamentos

Na maioria dos casos de câncer de pele, o tratamento cirúrgico para a remoção da lesão cancerígena é o mais indicado. Em alguns casos, a depender do subtipo do câncer, do estadiamento (grau de disseminação) e do tamanho do tumor, pode ser necessário outro tipo de terapia complementar, como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou medicamentos orais.

No caso do melanoma, tipo de câncer de pele mais agressivo e letal por causa da sua alta capacidade de se disseminar para tecidos e órgãos vizinhos, o desenvolvimento de novos imunoterápicos, medicamentos que estimulam o sistema imunológico a lutar contra o tumor, tem garantido melhora na sobrevida de pacientes. “Tivemos muitos avanços importantes no tratamento do melanoma e o prognóstico da doença melhorou muito, inclusive para os casos do melanoma metastático, porém o maior aliado ainda é o diagnóstico precoce”, finaliza o oncologista da Oncoclínicas na Bahia.

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer. 

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.

Para obter mais informações, visite http://www.grupooncoclinicas.com

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