Foto: Freepik
7 em cada 10 pessoas com deficiência estão fora do mercado de trabalho. Esse dado é do IBGE e foi divulgado em 2022, com base em informações de 2019. A taxa de participação dessa população no mercado de trabalho, no momento da pesquisa, foi de apenas 28%. Já no caso das mulheres, pelos dados de 2023, também do IBGE, o índice de ocupação ficou em 46,2%, contra 65% dos homens.
Por isso, focar em pessoas se tornou um dos objetivos da Bombril neste novo ciclo que a empresa vem vivendo. E em curto espaço de tempo, os resultados de programas como o “Minha Bombril” – que visa trazer um olhar mais cuidadoso com as pessoas que fazem parte da empresa – já se traduzem na prática. “As pessoas são a chave de tudo. Não adianta ter um produto bom, mas que não seja bom para quem o produz, para o meio ambiente e para todo o restante da escala produtiva”, diz o Vice-presidente da Bombril, Marcus Rodrigues.
Marcus assumiu o cargo em 2022, com uma visão particularmente voltada para pessoas. “A Bombril é conhecida internacionalmente por seu principal produto, homônimo, que se tornou referência no mercado de lãs de aço. Mas ela, como organização, é pautada em pessoas”, explica. Hoje, são mais de 2300 colaboradores diretos e cerca de 3 mil se levarmos em conta os terceirizados.
O principal desafio dentro do mercado de trabalho, para a empresa, é buscar mais diversidade. “Estamos buscando ampliar a diversidade. É um desafio, mas nós encaramos como fundamental para o que está por vir”. No quesito idade, a companhia se orgulha por ter pessoas mais velhas ainda na ativa e sem vontade de se aposentar. De todos os colaboradores, 45% têm entre 26 e 41 anos. 37% estão na faixa entre 42 e 57 anos, que já é considerada uma faixa mais avançada pelo mercado. E 6% são trabalhadores que já passaram dos 57 anos e seguem sendo exemplos inspiradores para a nova geração que chega. Alguns deles, inclusive, optam por se tornarem guias desses novos profissionais, treinando quem está chegando com a bagagem adquirida ao longo de uma vida.
Uma vida mesmo… a retenção é um dos pontos fortes na Bombril. A média de tempo de casa está próxima dos 10 anos, mas não é difícil achar trabalhadores com 20, 30 anos de fábrica. “Nossa ideia é envolver todos em uma grande família. É fazer com que o nosso colaborador acorde satisfeito para vir trabalhar e entenda que aqui é uma extensão do ambiente domiciliar. É acolhimento e um olhar de pessoas para pessoas”, conta.
Além de todo o trabalho de conscientização que já vem sendo feito, a Bombril tem aproveitado talentos de seu time de base nas promoções, de modo a gerar ainda mais satisfação ao trabalhador. Em média, 16 pessoas são promovidas por mês, e 59% dos líderes vieram de promoções internas.
Desafios
Um dos desafios para a empresa é a maior participação de mulheres. Hoje, elas representam quase 30% dos cargos de trabalho. Considerando o Parque fabril de São Paulo, são 40% do total de trabalhadores ativos. Outro ponto de atenção especial, são as pessoas com deficiência (PCD).
A Bombril realizou, recentemente, um investimento para adaptar espaços dentro de suas instalações e fábricas, com o objetivo de receber mais trabalhadores PCD. Acessibilidade, colocação de rampas, elevadores e diversos equipamentos.
Além de todos os ajustes estruturais, os demais trabalhadores de áreas interligadas, também foram treinados, por exemplo, com formação em Libras (a língua brasileira de sinais). Hoje, 95 trabalhadores com deficiência integram o quadro da Bombril. Isso representa 4% do número de colaboradores. E a ideia é ampliar ainda mais esse espaço.
“É uma causa que eu particularmente gosto muito. São pessoas que têm algo que engrandece a experiência de todas as outras que estão ao seu redor. Pessoas que nos ensinam muito e que precisam de mais oportunidades”, diz o Vice-presidente.