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Relatório “Manufatura – Tendências Globais de RH 2023” mostra que 58% das empresas no Brasil afirmam que emprego de mulheres pode aumentar nos próximos 5 anos
Mudança de mentalidade e habilidades em STEM (Science, Techonology, Engineering and Mathematics) são impulsionadores do emprego feminino na indústria
Maior contratação de mulheres pode ajudar empresas a enfrentarem escassez de mão de obra
A evolução da Indústria 4.0, aliada à qualificação profissional, pode ser uma grande oportunidade para a ampliação da presença feminina nas empresas do setor no Brasil, contribuindo ainda para suprir a escassez de mão de obra qualificada. Essa é uma das conclusões do relatório “Manufatura – Tendências Globais de RH 2023”, promovido pela Gi Group Holding, multinacional italiana, reconhecida como uma das líderes globais em soluções dedicadas ao desenvolvimento do mercado de trabalho, que constatou que 58% das empresas instaladas no País consultadas afirmam que o emprego de mulheres no departamento de produção certamente pode aumentar em suas operações nos próximos 5 anos.
O relatório é resultado de uma sondagem do Instituto Piepoli, um instituto de pesquisa de marketing independente, com 240 tomadores de decisão (gerentes de RH, gerentes de fábrica, gerentes de produção) de empresas na Indústria de transformação, em seis países (Brasil, China, Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido). Os dados foram apoiados por uma análise documental realizada pela empresa de gerenciamento de dados INTWIG.
O Brasil é o país com o maior percentual de empresas que acreditam, de fato, no avanço de mulheres na indústria, seguido pela Polônia (55%) e Alemanha (32%). Globalmente, 34% responderam que isso certamente acontecerá nos próximos 5 anos, enquanto 49% avaliam que é provável.
“As funções administrativas são mais propensas a serem preenchidas por mulheres. As gerenciais ainda são dominadas por homens, mas isso está mudando lentamente à medida que mais mulheres são treinadas e qualificadas em assuntos técnicos e as atitudes de desigualdade de gênero são desafiadas”, afirma a diretora executiva Ana Britto, da divisão de temporários e efetivos da Gi Group Holding.
Segundo a pesquisa, no âmbito mundial, as empresas que preveem a possibilidade de mais contratações de profissionais do gênero feminino nos próximos anos avaliam que isso será motivado, principalmente, por uma mudança de mentalidade, mais aberta para as mulheres (39%). Para 35%, mais mulheres têm habilidades em STEM (Science, Techonology, Engineering and Mathematics).
Outros fatores citados são: o emprego das mulheres pode ser um valor agregado para a fabricação setor (29%); as novas tecnologias vão mudar a maneira de trabalhar (26%); mais mulheres estarão interessadas neste campo (25%); e a implementação de tecnologias 4.0 vai impulsionar o emprego de mulheres (21%).
“A nossa pesquisa destaca que uma nova mentalidade e a disseminação de habilidades relacionadas a STEM entre as mulheres podem ajudar a tornar esse setor historicamente dominado por homens mais aberto à diversidade. Dessa forma, a evolução das fábricas inteligentes pode ser uma ótima oportunidade para a contratação de mulheres”, avalia Ana Britto.
Como combater a desigualdade de gênero
Todos os entrevistados na pesquisa concordaram que as mulheres são inestimáveis para ajudar a enfrentar a escassez de pessoal e que se empresas forem bem-sucedidas em encontrar uma maneira de empregar mais mulheres na manufatura, isso será de grande contribuição. Eles sugerem algumas estratégias para aumentar o número de mulheres na indústria:
1. Mudar a forma como os empregos são anunciados para usar uma LINGUAGEM mais atraente para as mulheres.
2. TENTANDO ATIVAMENTE escolher mulheres para cargos profissionais quando possível. A ideia por trás disso é tentar incentivar mais mulheres na comunidade a se candidatarem a cargos semelhantes e mudar o ambiente da fábrica para ser mais amiga da mulher.
3. CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS como uma empresa com ESCOLAS, FACULDADES E UNIVERSIDADES locais para envolver meninas e mulheres jovens e incentivá-las a levar em consideração a indústria.
4. Incentivar mulheres não qualificadas que já trabalham em fábricas A SEGUIR EM FRENTE, realizar treinamento e aprender mais habilidades.
5. Envolver-se com a comunidade local para aumentar a conscientização sobre a empresa por meio de patrocínios e eventos locais, construindo assim vínculos e tentando TORNAR A FÁBRICA MAIS ACESSÍVEL a candidatas.
Sobre a Gi Group Holding
Fundada em 1998 em Milão, Itália, a Gi Group Holding é uma das principais prestadoras de serviços voltados à evolução do mercado de trabalho no mundo. Por meio de um ecossistema de soluções para RH e terceirização de serviços gerenciados que conta com seis divisões globais (Gi Group, Gi BPO, Wyser, Grafton, Intoo e Tack TMI) e duas locais (Gi Group Horeca e C2C), o grupo possui uma oferta integrada para empresas de todos os segmentos. A Gi Group Holding trabalha para promover um mercado sustentável, ágil, eficiente e gratificante para empresas e profissionais, atendendo às suas necessidades em constante transformação. A companhia possui mais de 6.000 funcionários e, graças à sua presença direta e às suas parcerias estratégicas, está presente em mais de 100 países na Europa, APAC, Américas e África. Prestando serviços a mais de 20mil clientes e com faturamento de 3,3 bilhões de euros (2021), a Gi Group Holding é a 5ª maior empresa europeia de recrutamento & seleção e a 15ª em todo o mundo, de acordo com a SIA – Staffing Industry Analysts. No Brasil, a Gi Group Holding possui 21 filiais e atua em todo o território nacional. Saiba mais em: www.gigroupholding.com.br