28 de novembro de 2024

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Vigilância corporativa: como ela afeta a produtividade dos funcionários?

Consultor de gestão executiva e comercial, Alex Magno explica como evitar que o monitoramento das atividades laborais se torne invasão de privacidade e afete o desempenho dos colaboradores

Não é novidade que as relações de trabalho mudaram drasticamente após a pandemia. O formato presencial perdeu um pouquinho de espaço para outros modelos de atividade laboral, enquanto o home office ganhou força e as vagas híbridas viraram tendência. Em meio a tantas mudanças, as empresas começaram a adotar mecanismos para monitorar a rotina comercial dos colaboradores, como o uso de softwares que fotografam o funcionário, sua tela e/ou até mesmo capturam tudo o que a pessoa digita no teclado do computador, assim como bloqueia os acessos às redes sociais digitais.

Contudo, esse movimento de vigilância corporativa está em linha tênue entre uma fiscalização legal e a invasão de privacidade dos funcionários. E isso, de acordo com o consultor de gestão executiva e comercial, Alex Magno, pode resultar em desmotivação e baixa produtividade por parte dos colaboradores. 

“Se o monitoramento é excessivo e não acordado previamente, várias consequências negativas serão desencadeadas para a corporação e para o prestador de serviço. Isso porque o profissional da companhia vai se sentir desrespeitado e considerar a marca para qual trabalha invasiva. Ou seja, vai sentir que sua privacidade foi violada, o que cria uma desmotivação e faz com que a pessoa produza muito pouco, gerando danos também para o empresário”, esclarece Alex.

Nesse cenário, é necessário uma vigilância em cima de critérios éticos, em que os profissionais não são reconhecidos apenas como recursos produtivos e têm o bem-estar priorizado. “Para isso, o ideal é manter a transparência e a comunicação aberta com os servidores sobre todo o processo de monitoramento e tomar muito cuidado para não lesá-los dentro do sistema de controle”, diz o consultor de gestão executiva e comercial.

Adequação das empresas

Além disso, o especialista destaca que, antes de qualquer empresa buscar contornar o desafio de entender como está a assiduidade do trabalhador dentro da dinâmica de home office e trabalho híbrido, é importante adequar e otimizar os processos de gestão de tarefas e projetos. Isso porque, segundo Alex, as marcas sempre tiveram um jeito de trabalhar muito solto, sem produtividade e critérios. 

“Dentro do regime presencial, reuniões de pautas e gestão das atividades muitas vezes não aconteciam com a frequência que deveria. Isso em vista das pessoas estarem se vendo e se comunicando de forma breve sobre as demandas diariamente. No entanto, essa dinâmica precisa mudar antes de um sistema de monitoramento ser colocado em prática”, ressalta o especialista.

No caso, é necessário investir em ferramentas digitais que auxiliem em reuniões, no trabalho de metas, gestão e comunicação com o cliente. Ou seja, é essencial a instauração de uma política corporativa que tenha como base um contato menos impessoal com os colaboradores para que eles se sintam motivados a exercer a atividade laboral e amparados dentro da rotina de trabalho.

Dessa forma, Alex afirma que um ambiente de trabalho que valoriza a transparência e a comunicação assertiva é peça chave para estimular o desenvolvimento do funcionário dentro da organização. “Dentro desse contexto, as empresas conseguem estimular o comprometimento e a produtividade dos funcionários através de uma cultura organizacional saudável, em que a privacidade do funcionário não é comprometida, uma vez que o controle seja feito através de uma comunicação direta entre empresa e colaborador”, pontua o especialista. 

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