28 de novembro de 2024

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Antes da Inteligência Artificial e de toda alta tecnologia, crianças vão precisar de Pensamento Computacional desenvolvido nas escolas

Cristina Diaz, diretora da UpMat Educacional, reforça a necessidade dessa habilidade no mundo atual e como ela pode ser aplicada na educação

A computação está presente em todos os lugares, alterando o modo de trabalho, os meios de colaboração e até o consumo das pessoas. E, entre as habilidades requeridas para a contemporaneidade, o Pensamento Computacional (PC) deve ser considerado como uma fundamental, com necessidade de acesso garantido aos alunos.

Ao redor do mundo os sistemas educacionais começam a reconhecer a importância de abordar os elementos básicos da computação dentro da escola. O tema vem se aquecendo à medida em que entendemos a importância desses elementos para criar soluções mais rápidas e eficazes para vários dos nossos problemas cotidianos. Ao trabalhar habilidades como, por exemplo, lógica e algoritmos, estamos colocando os alunos na rota para um ensino mais alinhado com as demandas do futuro.

Cristina Diaz, diretora da UpMat Educacional, instituição que atua na Educação Básica para a criação e distribuição de conteúdos sobre Matemática, Pensamento Computacional e raciocínio lógico, acredita que o papel da escola é também ajudar os estudantes a entender como as novas tecnologias podem ser bem utilizadas, preparando cidadãos digitais capazes de navegar e construir as tecnologias que virão. Dentro desse contexto, estão as IAs (inteligências artificiais) que vêm suscitando debates na Educação.

Tendo em vista esse cenário, a especialista discorre sobre os ganhos do Pensamento Computacional e as formas de trabalhá-lo de maneira desplugada nas escolas. Considerando os desafios de infraestrutura que o Brasil enfrenta na Educação, essa talvez seja a chance de fazer com que o país se torne referência no ensino de computação nas escolas.

Entretanto, é importante entender um pouco mais sobre o conceito de Pensamento Computacional e como ele pode ser útil nas atividades do cotidiano. “É possível dizer que Pensamento Computacional busca empregar estratégias e processos de pensamento para criar, entender e resolver problemas de modo a aproveitar os métodos tecnológicos para desenvolver e testar soluções”, afirma Cristina.

De acordo com a especialista, o conhecimento pode auxiliar no desenvolvimento de várias habilidades: “Alguns temas super atuais que podem ser trabalhados com ajuda do Pensamento Computacional são: criptografia, organização de dados, montagem de sequências, escolha de percursos e trajetos, machine learning e tantos outros”.Mas afinal, como o Pensamento Computacional pode, em termos práticos, ser trabalhado de modo desplugado? Segundo Cristina, ele pode ser promovido de diversas maneiras, inclusive modos que não dependam de computadores e/ou de Internet e, também, podem fazer parte da prática pedagógica de todos os professores da escola, independentemente da sua área de atuação ou da disciplina nas quais lecionam. Isso porque o PC trabalha a partir de habilidades transversais e de situações-problema que costumam ter contato com situações reais do cotidiano e com assuntos trabalhados em várias disciplinas.

“As habilidades do Pensamento Computacional são decomposição, abstração, pensamento algorítmico, reconhecimento de padrões e avaliação. Um exemplo claro da aplicação dele é o conhecido “jogo da velha”. A brincadeira traz um algoritmo de preenchimento para o quadriculado e vai trabalhando de forma lúdica, na qual as crianças, ao final, são capazes de identificar se o jogo foi feito corretamente ou não”, acrescenta a sócia da UpMat Educacional.

O Pensamento Computacional também pode ser trabalhado dentro do contexto das linguagens e da História, por exemplo. Para garantir a segurança de uma mensagem, é possível codificar o seu texto. Hoje, temos recursos sofisticados para isso dentro da criptografia, mas essa é uma prática bastante antiga, que, inclusive, foi usada pelo imperador romano Júlio César para enviar mensagens aos seus generais, trocando cada letra do alfabeto por uma letra algumas posições adiante, com isso as mensagens eram sempre um enigma”, exemplifica Cristina.

A partir desses exemplos, é possível imaginar que o “PC“ pode ser inserido em questões e em atividades que estejam ao alcance de todos em sala de aula, com a ajuda de um professor. Com isso, Cristina ainda aponta formas possíveis de avaliar o desempenho dos alunos a partir deste conteúdo. Uma delas refere-se à avaliação que temos hoje, inclusive prevista na Base Nacional Curricular Comum, que é a avaliação por habilidades e competências.

“Mais do que avaliar conteúdos específicos, a avaliação por habilidades e competências desempenha um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. E se for formativa, ou seja, com feedbacks ao longo do percurso educacional, seria ainda melhor”, finaliza a especialista.

Sobre a UpMat Educacional: A UpMat Educacional é uma empresa que atua na Educação Básica a partir de conteúdos em Matemática, Computação, Pensamento Computacional, raciocínio lógico e estratégias de solução de problemas. Com acesso ao que há de mais moderno na Educação Matemática e Computacional do mundo, a companhia ajuda a melhorar a performance de crianças e de jovens de um jeito divertido, diferente e desafiador. Os conteúdos que chegam a centenas de milhares de alunos e de escolas são estruturados em duas iniciativas, sendo elas: Canguru de Matemática Brasil e Desafio Bebras. Além disso, a UpMat faz parte de associações internacionais – Associação Kangourou sans Frontière (França) e Associação Bebras (Lituânia).

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