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Referência em emagrecimento, o médico Leonardo Matthew explica que o acompanhamento profissional e o tratamento medicamentoso contribuem para uma redução e manutenção efetiva do peso de forma saudável
O dia 4 de março marca o Dia Mundial da Prevenção à Obesidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade representa um dos maiores problemas de saúde pública. Projeções indicam que, até 2025, aproximadamente 2,3 bilhões de adultos no mundo todo estarão com excesso de peso, incluindo 700 milhões com obesidade, caracterizada por um índice de massa corporal (IMC) superior a 30. No contexto brasileiro, essa condição crônica registrou um aumento de 72% nos últimos treze anos, passando de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.
O médico Leonardo Matthew, referência em emagrecimento, explica que, apesar de a obesidade possuir diferentes formas de tratamento, incluindo terapêuticas médicas e/ou farmacológicas e cirúrgicas, a pessoa pode recuperar o peso que perdeu durante o processo de emagrecimento. “Tal fato ocorre porque obesidade é uma doença que leva a alterações metabólicas crônicas, a interrupção do tratamento pode levar o indivíduo a apresentar reganho de peso com o passar do tempo”, ressalta. Além disso, práticas inadequadas de emagrecimento, com dietas restritivas e proibições alimentares, contribuem para o reganho de peso a longo prazo.
“O estilo de vida influencia muito na saúde, faz parte importante do tratamento, porém as alterações metabólicas e hormonais muitas vezes tornam dieta e exercícios físicos ineficientes como medida isolada. É importante entender que estar obeso não significa que a pessoa não tem força de vontade, seria o mesmo que exigir de um paciente diabético ou hipertenso que se trate só com dieta e exercício físico, o que sabemos que não é uma realidade, é necessária intervenção medica e medicamentosa”, acrescenta.
Assim, é fundamental que o indivíduo conte com a orientação de profissionais de saúde em seu acompanhamento e adote as recomendações fornecidas por eles. “A perda de gordura corporal nesses casos não é uma simples questão estética, mas uma questão de saúde, questão de vida ou morte”, afirma.
O médico reforça que não adianta só emagrecer, é necessário manter esse peso na media saudável. “O efeito sanfona, que é quando ocorre ganho de peso após o emagrecimento, pode trazer diversos prejuízos para a saúde e inclusive é um preditor de fracasso do tratamento no longo prazo.”
A pessoa ganha gordura corporal por vários motivos e por isso a abordagem tem que ser multiprofissional. “A matemática do ganho de peso é resultado de um consumo de calorias maior do que o gasto, isso é fato, mas por trás disso existem vários fatores, e por isso é necessário seriedade e responsabilidade na abordagem. É preciso nutricionista, professor de educação física, psicólogo, muitas vezes mais de uma especialidade médica, e a associação de medicamentos também deve ser levada em conta, lembrando que deve ser feita por um médico, após avaliação, prescrição e acompanhamento”, explica Leonardo.