A automedicação pode ser definida como o ato de tomar medicamentos sem a orientação ou prescrição de um profissional de saúde qualificado. Embora possa parecer uma alternativa fácil e rápida, a automedicação pode trazer diversos riscos e complicações para a saúde, inclusive bucal.
A cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde, comenta que muitas pessoas recorrem à automedicação para tratar problemas dentários, como dores de dente, inflamações na gengiva, feridas na boca, entre outros. No entanto, é importante lembrar que os medicamentos específicos para esses problemas dentários só devem ser prescritos e administrados por um profissional de saúde qualificado, como um dentista.
Alguns dos problemas bucais mais comuns que levam as pessoas a se automedicarem incluem:
1. Dores de dente – A dor de dente é um dos problemas mais comuns que levam as pessoas a buscar alívio imediato através da automedicação. As dores de dente podem ser causadas por cáries, infecções, inflamações, entre outros problemas.
2. Feridas na boca – Aftas, herpes labial e outras lesões na boca podem causar dor e desconforto, levando as pessoas a buscar alívio através da automedicação.
3. Inflamação na gengiva – A gengivite é uma inflamação na gengiva que pode ser causada por uma higiene oral inadequada. Quando a inflamação causa dor ou desconforto, muitas pessoas recorrem à automedicação para alívio.
4. Sensibilidade dentária – A sensibilidade dentária é uma condição que causa dor ou desconforto quando os dentes são expostos a estímulos como alimentos quentes, frios, ácidos ou açúcar. As pessoas podem tentar tratar a sensibilidade dentária através da automedicação.
5. Halitose – A halitose, ou mau hálito, é uma condição que pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo higiene oral inadequada, cáries, doenças gengivais, entre outros. As pessoas podem tentar tratar o mau hálito através da automedicação.
Fazer o uso de medicamentos de forma indevida pode até mesmo mascarar o problema, dificultando o diagnóstico e tratamento adequados. Além disso, pode também criar uma resistência do organismo a medicação, fazendo com que perca o efeito desejado.
A resistência a medicamentos pode levar a uma redução da eficácia do tratamento e à necessidade de utilizar medicamentos mais potentes e caros, além de aumentar o risco de efeitos colaterais e complicações. Por isso, é fundamental que os medicamentos sejam utilizados apenas sob orientação médica, respeitando a dose e o tempo de uso recomendados.
A automedicação pode ser perigosa, pois os medicamentos podem causar efeitos colaterais e interagir com outros medicamentos que a pessoa já esteja tomando. Além disso, algumas pessoas podem ter alergias a determinados medicamentos, o que pode resultar em uma reação alérgica grave.
“Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a visita regular ao dentista não deve ser vista apenas como uma necessidade para tratar problemas já existentes. Na verdade, é recomendado que se faça visitas também, para exames preventivos, com o objetivo de identificar problemas dentários em estágios iniciais, antes que se tornem mais graves e mais difíceis de tratar.” esclarece Bruna Conde.
O dentista também pode orientar quanto a melhor forma de manter a higiene bucal e prevenir problemas dentários.
“É importante ressaltar que o dentista é o profissional mais indicado para tratar problemas dentários e prescrever medicamentos específicos para cada caso. A automedicação pode agravar o problema e dificultar o tratamento adequado. Consulte sempre um dentista antes de tomar qualquer medicamento para problemas dentários, pois somente um profissional qualificado pode indicar o tratamento mais adequado para cada caso específico,” finaliza a Dra. Bruna Conde.
