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Curso de Green Software criado a partir de inteligência artificial busca qualificar profissionais de tecnologia para modelo sustentável de programação
São Paulo, janeiro de 2024 – Muito se engana quem acredita que um profissional atrás de um computador não está contribuindo para o efeito estufa ou pelas mudanças climáticas, esse, inclusive é um dos principais fatores que contribuem para que isso aconteça.
O uso de códigos complexos, isto é, códigos mortos, infraestruturas não otimizadas e metodologias ultrapassadas, demanda mais energia e eletricidade, fazendo com que mais recursos naturais precisem ser disponibilizados para sustentar data centers, emitindo a quantidade de CO2 emitida na atmosfera.
Dados alarmantes indicam que cerca de 1% da energia consumida diariamente no mundo é usada em data centers – o equivalente ao consumo de energia da Austrália inteira em um único dia.
Analisando as previsões de crescimento da tecnologia nos próximos anos, esse cenário não tende a diminuir. O futuro está sendo construído cada vez mais através de softwares e cabe a nós, desde já, buscarmos por soluções que reduzam essa dependência com eficiência e utilizem recursos naturais de forma inteligente.
Curso de Green Software Development
A DIO, startup brasileira Technology Pioneer 2023, em parceria com a Fundação iamtheCODE, primeiro movimento liderado pela África para educação de ciência e tecnologia no mundo, está buscando conscientizar profissionais através de um código mais limpo e sustentável, conhecido como Green Code ou Green Software.
Desta parceria, nasceu o curso Green Software Development, um conteúdo criado a partir de um modelo exclusivo de inteligência artificial para educação desenvolvido pelo time de educadores da DIO, que possibilitou a redução de 500% de esforços e recursos computacionais, utilizando 5 vezes menos energia em sua produção, em relação aos métodos tradicionais de programação.
O curso foi lançado na última semana em Davos, na Suíça, durante a reunião anual do World Economic Forum, visando alcançar, conscientizar e unir profissionais da tecnologia pelo mundo todo em um movimento global de transformação.
Com adesão gratuita e disponível em 4 idiomas diferentes – português, inglês, espanhol e francês – o conteúdo é voltado para profissionais de tecnologia aprenderem a otimizar seus códigos com base nos princípios arquitetônicos da sustentabilidade com uma lógica e plataforma mais verdes e uma metodologia mais ecológica.
Abrir portas para uma formação que transcende fronteiras nacionais e se insere no contexto de um futuro tecnológico mais responsável e ecologicamente viável faz parte do compromisso firmado das empresas com o planeta, de forma a acessibilizar o conhecimento e a prática da programação sustentável em âmbito global.
A inscrição no curso Green Software Development é gratuita e está disponível em 2 idiomas pelo site.
Para o CEO Iglá Generoso, estamos no momento certo para começar a agir se quisermos realmente transformar o mundo, “O uso da inteligência artificial aplicada na educação nos permitiu quebrar barreiras continentais, escalar exponencialmente a produção de atividades educativas, principalmente em temas urgentes como o clima, e repensar como preparamos os estudantes de tecnologia para um futuro mais dinâmico e global”, finaliza.
As inscrições podem ser feitas pelo link.
Sobre a DIO – Fundada em 2018, a DIO é a primeira plataforma Open Education brasileira que tem como objetivo democratizar o conhecimento em desenvolvimento de software e tecnologias exponenciais para acelerar a formação de mais de 5 milhões de talentos digitais, conectando-os com grandes oportunidades que potencializam o desenvolvimento socioeconômico regional. Atualmente o ecossistema da startup conta com mais de 1 milhão profissionais de tecnologia, 1.000 instituições de ensino, 2.000 embaixadores, 500 experts e mais de 1.000 empresas conectadas por meio dos programas educacionais.
Sobre o iamtheCODE – O iamtheCODE é o primeiro movimento global liderado pela África para mobilizar governos, o setor privado, fundações filantrópicas, investidores e a sociedade civil para promover a educação STEAMD (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes, Matemática e Design). O seu objetivo é mobilizar esses grupos para investirem em tecnologias futuras que possam impulsionar o desenvolvimento sustentável para mulheres em comunidades marginalizadas.