Ali Abu Awwad. ativista palestino, fundador do Taghyeer (Change), um movimento nacional palestino que promove a não violência
De 21 (Dia Internacional da Paz, criado pelas Nações Unidas) a 27 de setembro, o evento, realizado pela organização Mãos para Paz, com a parceria da Unijorge, reunirá organizações e pessoas de vários países para discutir sobre como combater o ódio, a xenofobia e a violência gerados pelo discurso da ideologia do medo. Na abertura do 1º Congresso Internacional de Educação para a Paz e Não Violência, haverá um ato interreligioso em homenagem à Mãe Bernardete, assassinada recentemente. No dia 24, domingo, pela manhã, acontecerá a partir do Farol da Barra, em Salvador, a “Caminhada Mãos para a Paz”, também em homenagem à Mãe Bernardete e contra a Violência. A Mãos para Paz atua em Israel, Palestina, Portugal e Brasil. No Congresso, haverá palestras online e Maratonas de Oficinas presenciais.
Organizações, instituições públicas e particulares, acadêmicos, educadores, terapeutas, ativistas e estudantes de vários países participam de 21 a 27 de setembro do 1º Congresso Internacional de Educação para a Paz e Não Violência, evento híbrido, com palestras virtuais e oficinas presenciais em Salvador, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo. No Congresso, organizado pela associação Mãos para Paz, com a parceria da Unijorge (Centro Universitário Jorge Amado), os participantes vão procurar entender as grandes transformações que ocorrem no mundo e, ainda, discutir sobre como podem atuar para combater o ódio, a xenofobia e a violência gerados pelo discurso da ideologia do medo alimentado por teorias da conspiração e ignorância. Serão inicialmente um dia de abertura e dois de imersão, com palestrantes nacionais e internacionais apresentando online seus trabalhos, vivências e experiências e levando a importantes debates e reflexões sobre a temática da violência e dos conflitos interpessoais, comunitários, religiosos, raciais, de gênero e internacionais e sobre como a educação pode ser um catalisador de processos de reconciliação e solução de conflitos.
No dia 21, Dia Internacional da Paz (criado pelas Nações Unidas em 30 de novembro de 1981), a partir das 19h será realizada a abertura, presencial, em Salvador, e online, com apresentações dos grupos artísticos Quabales e Sumermo Music – e do cantor Tito Bahiense, todos da Bahia. Também será feito um ato interreligioso em homenagem à Mãe Bernardete (Maria Bernardete Pacífico, ialorixá, ativista e líder quilombola, nascida em 1951 e assassinada no último dia 17 de agosto) e a todas as pessoas mortas por sua cor, raça, religião e gênero. No domingo, dia 24 , será realizada a ‘Caminhada Mãos para a Paz”, também em homenagem à Mãe Bernardete e contra a Violência, com início às 9h, a partir do Farol da Barra.
Nos dias 22 e 23, acontece uma intensa programação, com seis sessões online, com palestras e debates interativos. “Optamos pela programação na plataforma online por razões de viabilidade econômica e para expandir nossos horizontes com a possibilidade de incluir mais pessoas no mundo digital sem fronteiras, para promover diálogo e riqueza de pensamento crítico e edificante”, diz Davi Windholz, presidente do Congresso e cofundador da Mãos para a Paz, cidadão brasileiro e israelense, que atua em Israel, Palestina, Portugal e no Brasil. “A plataforma do Congresso online, com tradução simultânea para o português, espanhol e inglês, nos possibilita alcançar um público de diversos países e faixas etárias, que proporciona a tão necessária democratização do conhecimento de qualidade nas redes, no momento inundadas de correntes extremistas e com conteúdo de ódio e desinformação. Precisamos ocupar os espaços”, diz, acrescentando que nos dias 25 e 27 de setembro acontecem, respectivamente, os Círculos de Escuta e a Maratona de Oficinas em Salvador,com atividades presenciais, na Unijorge. Depois serão realizadas Maratonas de Oficinas presenciais nas outras cidades programadas. De acordo com Windholz, as oficinas presenciais em várias cidades do Brasil darão mais uma dimensão ao projeto na elaboração de ideias que devem contribuir para a criação e aprimoramento de políticas públicas e metodologias transformadoras, além de congregar em cada cidade um primeiro grupo de trabalho.
“A nossa visão educacional tem tudo a ver com a visão de Nelson Mandela de que ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar. Paulo Freire disse ‘não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes’. A rede Mãos para Paz será o ponto de encontro dos saberes teóricos e práticos da educação para paz e não violência. A paz é mais do que a ausência de guerra; é viver junto com as nossas diferenças – de sexo, raça, língua, religião ou cultura –, enquanto promovemos o respeito universal pela justiça e pelos direitos humanos”, diz Davi Windholz.
Entre os palestrantes e debatedores internacionais, estão Ali Abu Awwad (Palestina), Davi Windholz (Israel), José Francisco de Almeida Pacheco (Portugal), Robi Damelin (Israel), Pietro Nardella Dellova (Itália), Shuli Dichter (Israel), Maria Belén Garrido (Equador), Elisabete Pinto da Costa (Portugal), Alexandre Pereira (Portugal), Dalila Paulo (Portugal), Michael Sela Avraham (Israel), Massimiliano Verde (Itália) e Maher Hassan Musleh (Austrália). Entre os palestrantes do Brasil, estão Ana Célia da Silva, Roberto Crema, Ari Marcelo Solon, Iyá Adriana de Nanã, Marcos Alan Ferreira, Lydia Rebouças, Léo Gerchmann, Iris Sinoti e Cláudio Sinoti, Rabino Guershon Kwasniewski, Dep. Olívia Santana, Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann, Denis Plapler, Susan Andrews, André Luiz Actis, Alessandra Gaidargi, Sami Storch, Daniel Munduruku, Nei Alberto Salles Filho, Bárbara Tomiatti, Lama Padma Samten (budista), Carla Habif, Sheik Rodrigo Jalloul (muçulmano), Ivan Durães (protestante) e Hanayana Brandão.
Segundo Windholz, após o Congresso serão realizados encontros mensais que buscarão dar continuidade à troca de saberes. “É tempo de reconstrução e reinvenção das abordagens educacionais. Junte-se a nós e faça parte das potenciais soluções que teceremos juntos para diminuir a iniquidade e permanecer coesos na incessante busca da igualdade e da justiça socioambiental. Só assim teremos chance de dar chance à Paz”, diz o site do evento.
PARA SE INSCREVER PARA O CONGRESSO
Para se inscrever para o Congresso, o link é https://congressoedupaz.com.br/inscricoes. Para o Congresso on-line, o preço é de R$ 200,00. Para participar da Maratona de Oficinas (presenciais), o preço é de R$ 150,00. Para participar do Congresso on-line e das Maratonas de Oficinas (presenciais), o preço é de R$ 310,00. (Estudantes e pessoas com adversidades financeiras têm 50% de desconto em qualquer uma das modalidades de participação. Para isso, basta usar o cupom “EDUPAZSOCIAL”, que está no carrinho de inscrições para o Congresso. Após a inscrição serão enviados o link e a senha das quatro palestras do Pré Congresso que foram realizadas nos meses de julho e agosto).
1º CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA A PAZ E NÃO VIOLÊNCIA (Congresso Edupaz)
Programação
21 de setembro, quinta-feira
Das 19h às 22h Introdução do Congresso
Vídeo institucional
Discursos: Davi Windholz, presidente do Congresso e cofundador da organização Mãos para a Paz; Nédio Luiz Pereira Júnior, reitor da Unijorge; e (a confirmar) Luís Maurício Bacellar Batista, secretário de Turismo da Bahia.
Ato interreligioso em homenagem à Mãe Bernadete e a todos os assassinados por sua cor, raça, religião e gênero.
Show musical com os grupos Quabales e Sumermo Music e o cantor Tito Bahiense.
22 de setembro, sexta-feira
Das 9h às 12h Modelos Teóricos de Educação para Paz e Não Violência
Palestrantes: José Pacheco – Escola da Ponte; Alessandra Gaidargi – A Pedagogia do Oprimido; Lydia Rebouças – A Arte de Viver em Paz; Nei Alberto Salles Filho – A Práxis Educacional; Davi Windholz – A Psicopedagogia do Amor e Susan Andrews – Vila Futuro
Sumário: Diferentes modelos desenvolvidos no Brasil, Portugal, Israel e França, que possuem um fator comum: o amor à vida, ao outro e à liberdade.
Das 13h às 15h Da Dor à Esperança no conflito israelense-palestino
Moderadora: Carla Habif
Palestrantes: Ali Abu Awwad, Robi Damelin e Shuli Dichter
Das 15h às 18h Modelos práticos de educação para a paz e não violência
(1) A Relação com a Natureza
Palestrantes: Daniel Munduruku, Regina Fittipaldi e Michael Sela Avraham
Sumário: encontro sobre a relação do ser humano e a natureza, no qual
Munduruku traz a vivência e a filosofia do mundo indígena; Regina Fittipaldi traz a abordagem transdisciplinar
desta relação; Michael, e mostra a prática educacional na natureza.
(2) Ativismo não violento
Palestrantes: Massimiliano Verde (Itália) e Maria Belén Garrido (Equador)
Sumário: experiências práticas de ativismo não violento na Itália e no Equador.
(3) Agentes de Mudanças Juvenis
Alexandre Pereira e André Luiz Actis
Sumário: Como desenvolver um processo de conscientização da cultura da paz. Alexandre Pereira traz a experiência da organização Ashoka, em Portugal, e da formação de “change makers”, enquanto André Luiz Actis
traz a experiência a prática da TV Pelourinho, em Salvador, com jovens da periferia.
Das 19h às 21h Comunicação positiva – O encontro de si e o encontro com o outro
Palestrantes: Claudio Sinoti, Sheikh Abdul Qabir, Maher Musleh e Davi Windholz
Sumário: dois diálogos emocionantes. Dois mundos opostos, mas que chegam às mesmas conclusões. Ocidente e Oriente. Claudio e Sheikh Abdul falarão sobre a introspecção através da psicanálise e do sufismo. Maher, vindo de família de refugiados palestinos ao Brasil busca no modelo de comunicação não violenta de Marshall, enquanto Davi, de família de judeus refugiados da Alemanha, busca no modelo da Gestalt e de culturas milenares, o encontro com a paz e a não violência.
23 de setembro, sábado
Das 9h às 12h Diálogo e mediação de narrativas – solução de conflitos
Palestrantes: Denis Plapler, Ari Solon, Sami Storch e Elisabete Pinto da Costa.
Sumário: modelos de mediação aplicados na Educação, na Justiça, na Comunidade, no Trabalho e entre grupos conflituantes.
Das 13h às 16h É possível a reconciliação na sociedade brasileira? Qual o papel da educação?
Palestrantes: Olivia Santana, Ivan Durões, Marcos Allan Ferreira e Pietro Nardella-Navarro
Sumário: Como temos que atuar no campo político, social, cultural, educacional para dar fim à polarização social e política que vivemos
hoje no Brasil e também em países como Estados Unidos, Itália, Polônia, Hungria, Israel e Palestina.
Das 16h às 17h30 Prêmio Sérgio Storch – apresentação de Daniela Hruschka Bahdur
Em homenagem a Sérgio Storch, falecido por Covid em 1º. de julho de 2021, um dos idealizadores do Congresso e da organização Mãos para Paz, será lançado o Prêmio Sérgio Storch aos melhores programas que incentivam a educação e cultura para a paz e não violência. O concurso está aberto a inscrições até o fim do ano de 2023. No início de 2024 serão anunciados os três melhores projetos (o valor das premiações ainda não está definido)..
Fala final – Davi Windholz.
24 de setembro, domingo
A partir das 9h Será realizada a “Caminhada Mãos para a Paz”, em homenagem à Mãe Bernardete e contra a Violência, a partir do Farol da Barra.
Das 10h às 15h Círculos de Escuta, na Unijorge – em pequenos grupos de 15 pessoas, em sessões de 60-90 minutos, os diálogos serão sobre Violência e Cultura da paz, sob o angulo individual.
27 de setembro, quarta-feira
Das 9h às 18h – Maratona de oficinas
A Maratona de oficinas presenciais tem como objetivo realizar um trabalho prático, acrescentando o aspecto individual e emocional, às palestras do congresso. Nas primeiras duas sessões serão realizados trabalhos com foco em um processo de introspeção, para depois serão realizadas vivências de metodologias diferentes para educação para paz e comunicação positiva.
Das 9h às 9h30 Inscrição e café
Das 9h30 às 11h Sessão 1: Escuta e Movimento
Sobre a oficina: F.M. é uma oficina que trabalha com a “escuta interna” através do movimento corporal, do núcleo das raivas e violência criados em nosso desenvolvimento. Através do movimento desarmamos estes nós, ao encontro da esperança. Após o trabalho de movimento realizamos círculos de escuta, no qual partilhamos nossa experiência e emoções. Facilitadora: Sueli Windholz, formada pela Academia de Dança da Universidade de Jerusalém, teatro pela Kibutz College, Psicologia Social pelo Centro Pichon Riviere, Jerusalém. É ex-dançarina, professora e diretora da escola de dança, especializada em Terapia de Dança.
Das 11h15 às 12h45 Sessão 2: AVIPAZ
Sobre a oficina: Vivenciando A Arte de Viver em Paz, por meio do diálogo e da reflexão sobre uma educação para o nosso cotidiano. Estimulando experiências com ações simples que nos ajudem a integrar corpo, mente e emoção, ampliando nossa consciência individual – Ecologia interior, nossa consciência social – Ecologia Social e nossa consciência ambiental – Ecologia ambiental. Facilitadores: Equipe de facilitadores da UNIPAZ (Universidade Internacional da Paz).
Das 13h30 às 15h Metodologias de educação para Paz
Das 15h15 às 16h45 Comunicação positiva e solução de conflitos por meios não violentos
Das 17h15 às 18h30 Conclusão: trabalho de formação do núcleo local Mãos para Paz.
PALESTRANTES
Palestrantes do Exterior
Ali Abu Awwad – Palestina – Proeminente ativista palestino da paz e defensor da não violência. Ele é o fundador do Taghyeer (Change), um movimento nacional palestino que promove a não violência para alcançar e garantir uma solução não violenta para o conflito. A história e os esforços de Awwad foram apresentados em mais de doze documentários, incluindo dois filmes premiados = “Encounter Point” e “Forbidden Childhood”. Pioneiro no Mundo Árabe e na Palestina por introduzir a não violência e a reconciliação, acaba de ser premiado pelo World Peace Forum pelos seus esforços e iniciativas para construir a paz. Awwad está atualmente terminando seu livro de memórias chamado “Painful Hope”.
Davi Windholz – Israel – É cofundador da Mãos para a Paz, rede internacional de Educação para a Paz e Não Violência. Nascido no Brasil, em São Paulo, em uma família de judeus alemães que chegaram ao Brasil em 1936, vive em Israel desde 1973 (hoje, passa alguns meses por ano também em Portugal). Bacharel em Educação (Universidade de Jerusalém), mestre em Terapia Grupal Gestalt e Dinâmica de Grupo (Univ. Tel Aviv), doutorado (não terminado) em Inteligência Emocional e Comunicação Não Violenta. Fundador e diretor da ONG Alternative Center, centro de educação para a paz e não violência, trabalha com israelenses e palestinos. Projetos principais: Centro bilíngue hebraico-árabe para crianças e jovens judeus, cristãos, muçulmanos e drusos; One Billion Rising contra a violência à mulher, oficina de mediação de narrativas e solução de conflitos por meios NV. É coordenador do curso de facilitadores de grupo em sexualidade saudável. É membro do diretivo do Movimento “Two States One Homeland”, a favor de uma confederação Israelo-Palestina.
José Francisco de Almeida Pacheco – Portugal – Mestre em Ciências da Educação pela Universidade de Porto. Fundador da Escola da Ponte. Membro do Conselho Nacional de Educação e comendador da Ordem de Instrução Pública – Presidência da República, Portugal. É autor de inúmeros livros sobre educação.
Robi Damelin – Israel – Porta-voz e diretora de Relações Internacionais do Fórum de Famílias e Círculo de Pais (PCFF) juntou-se à organização depois que seu filho foi morto por um atirador palestino. O PCFF é composto por mais de 600 famílias enlutadas palestinas e israelenses que acreditam na não violência e na reconciliação como meio de acabar com a ocupação e que deve haver uma estrutura para um processo de reconciliação como parte de qualquer futuro acordo político de paz. Todo o seu trabalho na Palestina e em Israel e internacionalmente é voltado para esse objetivo. Ela foi entrevistada por inúmeros meios de comunicação de prestígio, como CNN, BBC, Forbes, CBS, France 24 e Indian TV. Esteve em importantes palcos, como Albert Hall e Lincoln Center. Robi foi nomeada Mulher de Impacto em 2015 pela Women in the World e também foi selecionada pelo Instituto Joan B. Kroc para a Paz e Justiça da Universidade de San Diego, como uma mulher pacificadora. Ela é a protagonista do premiado documentário “One Day After Peace”. Contribui regularmente para meios de comunicação em Israel e no exterior. Robi foi convidada para integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas em maio de 2022.
Pietro Nardella Dellova – Itália – Poeta e professor ítalo-brasileiro. Doutor e mestre em Direito/Filosofia (UFF e USP). Doutor e mestre em Ciência da Religião/Literatura (PUC-SP). É autor de vários livros, como “Adsum” (1992); “A Morte do Poeta” (2009);” Proudhon e Direito: Anarquismo, Propriedade e Kibutzim” (2021); “Judaísmo e Direitos Humanos” (prelo). É membro do grupo Accademia Napoletana, na Itália. É professor na Escola da Magistratura, RJ e Pesquisador do CNPq.
Shuli Dichter – Israel – É um educador e empreendedor social israelense, bem como pioneiro na luta por uma sociedade igualitária e compartilhada para judeus e árabes em Israel. Ele é o cofundador e codiretor do centro “NISAN” para pesquisa sobre sociedade compartilhada no Van Leer Jerusalem Institute; ex-CEO da rede “Hand in Hand” de escolas árabes-judaicas bilíngues e ex-co-CEO da “Sikkuy”, um importante grupo de defesa da igualdade em Israel. Atualmente, junto com seu sócio, Dr. Ameer Fakhoury, Dichter, está na fase final de edição da primeira adição de “Palestinian-Jewish Shared Society in Israel – Lexicon of Terms”. Ele mora com sua família no Kibbutz Ma’anit. É autor do livro “Compartilhando a Terra Prometida”.
Maria Belén Garrido – Equador – É professora pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Equador, pesquisadora da FLACSO, Equador, e Ph.D e estudante da Universidade Católica de Eichstätt/Ingolstadt. A tese do seu Ph.D. é sobre os movimentos de resistência civil no Equador entre 1997 e 2005. Suas principais especialidades e publicações são sobre a paz e estudos de conflito, com foco particular na resistência civil no contexto de conflito armado e em sistemas semidemocráticos. Em 2019, colaborou como moderadora num curso online do ICNC e participou em diferentes formações organizadas pelo ICNC.
Elisabete Pinto da Costa – Portugal – Professora Auxiliar na Universidade Lusófona do Porto; diretora do Instituto de Mediação. Investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento; coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Mediação de Conflitos em Contexto Escolar; coordenadora científico-pedagógica de projetos de mediação (em parceria com escolas e câmaras municipais), autora da obra “Mediação de Conflitos na Escola: da teoria à prática”, das Edições Lusófonas e autora de vários outros artigos sobre mediação. É membro da Rede de Ensino Superior de Mediação Intercultural, da CREea- Associação Europeia de Mediação Social. Membro da Conferência Universitária sobre Mediação e Conflitos (CUMEYC), do Observatório da Conversidade e da Federação Nacional de Mediadores.
Alexandre Pereira – Portugal – Líder na Spiritual Changemaking Initiative da Ashoka Global, na língua portuguesa. De abril 2022 a agosto 2023 foi diretor da área “Crianças e Jovens”, na Ashoka em Portugal. Os últimos 20 anos da sua vida profissional foram dedicados ao terceiro setor. Tem educação transdisciplinar internacional formal e não-formal em Artes Plásticas (FBAUL – LISBOA). É pós-graduado em Comunicação, Imagem e Marketing (IADE – LISBOA) e em Comunicação Interna e Bem-estar nas Organizações (FCSH-NOVA, LISBOA).
Dalila Paulo – Portugal – Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Didata de orientação Transdisciplinar. Formadora em Educação Emocional e Intuitiva orientada para a transformação da Educação, com experiência de formação de professores e jovens, quer em meio escolar quer em grupos auto-organizados em Portugal Continental, Açores e Moçambique. Formadora em Metodologias de Aumento e Recolha da Inteligência Coletiva. Fundou e presidiu a Delegação Portuguesa da Unipaz
Michael Sela Avraham – Israel – Formado em medicina alternativa e estudos de história e antropologia das religiões. É fundador da Escola Floresta em Israel e da metodologia da mesma. A Escola Floresta situa-se em espaço aberto (sem salas de aula).
Maher Hassan Musleh – Austrália – Psicólogo clínico, mestre em Psicologia Social, Full Treiner em EMDR, terapeuta e supervisor em EMDR certificado pela AIBAPT, psicodramatista SOPSP – PUC), com formação em Terapia de Casal e família (Instituto J.L. Moreno). Brasileiro que vive na Austrália, tem formação em TCC pelo Instituto CETCC, Counsellor pela Australian Counselling Association. É membro do grupo de estudos sobre prevenção de violência para a paz, agente do programa “Gente que faz Paz”, professor do curso Capacitação de Profissionais para Trabalhar com Violência Doméstica GEV/APTF) e professor do curso de sexualidade da UNISAL. Possui vasta experiência no atendimento a vitimizadores sexuais e formação e supervisão de profissionais para trabalhar com essa população, professor e supervisor do curso de Terapia Familiar (ESOFS/APTF). É autor do livro “Comunicação Pacífica A arte de viver em Paz”, pela Umanos Editora 2019 e coautor nos livros “Viagens Virtuais psicodramáticas”, pela Summus Editora 2022; “O Livro Amarelo”, pela Umanos Editora 2022; “Pessoas e Psicologias”, pela Umanos Editora 2018; “Pessoa e Qualidade de Vida”, pela Umanos Editora 2019; “Justiça restaurativa em casos de abuso sexual de crianças e adolescentes”, pela Editora da secretaria de direitos humanos e o instituto Noos 2012 e “A violência doméstica e a cultura da paz”, pela editora Roca 2013
Palestrantes do Brasil
Ana Célia da Silva – Bacharel em Pedagogia, mestre e doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia, professora titular aposentada da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Realizou pesquisas publicadas pela EDUFBa com os seguintes títulos: “A discriminação do negro no livro didático”; “Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático”; “A representação social do negro no livro didático – o que mudou? porque mudou?”; “Retrospectiva de uma trajetória de ações afirmativas precursoras a Lei 10.639/03 (autobiografia literária)”, entre outras.
Roberto Crema – Formou-se em Ciências Sociais – Antropologia e em Psicologia. Realizou diversas formações humanísticas: Análise Transacional, Gestalterapia, Terapia Familiar, Bioenergética, Abordagem Centrada na Pessoa e Biodança. Em 1981 encontrou-se com Pierre Weil e, através do Cosmodrama, mergulhou no movimento Transpessoal. Em 1987, com Pierre Weil, Jean-Yves Leloup e Monique-Thoenig, coordenou o I Congresso Holístico Internacional – I CHI, que impulsionou a fundação da Universidade Internacional da Paz – UNIPAZ. Como vice-reitor da UNIPAZ, introduziu no Brasil a Formação Holística de Base, que irradiou a universidade no Brasil, na Argentina, Portugal, França e Bélgica. Colaborou com Jean-Yves Leloup na criação do Colégio Internacional dos Terapeutas – CIT, que coordenou no Brasil durante vinte anos. Após a passagem de Pierre Weil, em 2008, assumiu a reitoria da UNIPAZ. Realizou um Master Europeen de Recherche na Universidade de Paris 13, em conjunto com a de Louvain-la-Neuve (Bélgica), a de Genève (Suíça) e o Cnam (França), centrada na Formação Holística de Base da UNIPAZ e sua convergência com a Abordagem Biográfica. É membro honorário da Associação Luso Brasileira de Transpessoal – ALUBRAT, Fellowship da Findhorn Foundation, autor e coautor de mais de trinta livros. Atualmente, com Lydia Rebouças, orienta uma formação em Terapia da Inteireza na UNIPAZ de Brasília, e exerce atividades didáticas focadas na abordagem transdisciplinar holística no Brasil e no exterior.
Ari Marcelo Solon – Livre-docente, doutor e mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FADUSP), instituição da qual é atualmente professor associado. É autor com livros e artigos publicados em filosofia do direito, teoria geral do direito, teoria do estado e semiótica dos antigos sistemas de direito. É membro da Ordem dos Advogados do Brasil, secção de São Paulo, da Associação dos Advogados de São Paulo, da Associação de Direito Judaico e do Instituto Brasileiro de Filosofia
Iyá Adriana de Nanã – Iyalorixá fundadora e sacerdotisa do Ilê Axé Omó Nanã, ativista dos direitos humanos e no enfrentamento ao racismo religioso, articuladora e educadora social, membro do Conselho Político da Ocupação Cultural Jeholu, idealizadora e cocoordenadora do Projeto Cabaça: Culturas de Matriz Africana e Economia. Solidária na UNIFESP, coautora do livro Lula e a Espiritualidade: Oração, Meditação e Militância. Diretora do Instituto de Estudos e Pesquisas Ilê Axé Omó Nanã.
Marcos Alan Ferreira – Professor Associado na Univ. Federal da Paraíba (UFPB), bolsista Produtividade do CNPq (Nível 2), doutor em Ciência Política pela Unicamp (2010) e mestre em Relações Internacionais – Programa Santiago Dantas (UNESP/UNICAMP/PUC-SP) (2006). É membro da Secretaria de Assuntos com Sociedade e Governo da Comunidade Bahá’í do Brasil. Como Pesquisador Visitante, esteve na Univ. de Manchester (Reino Unido – 2018 e 2019), Univ. de Uppsala (Suécia – 2014) e Univ. de São Paulo (2021-2022). Foi membro do Conselho de Governança da IPRA (International Peace Research Association) entre 2016-2020. Atualmente, sua pesquisa é focada nos impactos da governança criminal e da violência estatal na paz do Brasil e da América do Sul.
Lydia Rebouças – Educadora e cofundadora da UNIPAZ no Brasil (1987), exercendo o cargo de vice-reitora. Psicóloga e mestra em Psicologia. Facilitadora da Formação de Multiplicadores da “Arte de Viver em Paz” e “Arte de Viver a Vida”, obra-prima que Pierre Weil legou à humanidade.
Léo Gerchmann – Jornalista, trabalhou em redações como Zero Hora (13 anos) e Folha de S. Paulo (11 anos), além da Revista Placar, Correio do Povo e Jornal NH. Foi correspondente da Folha de S. Paulo em Buenos Aires (1997/98). Em 1998, fez uma pioneira cobertura online da Copa do Mundo da França, com a então inovadora transmissão de textos em tempo real. Essa vivência o tornou um observador atento dos rumos que tomavam as comunicações, o jornalismo em si e as redes sociais, com sua rapidez e falta de regulação, o que resultou em mudanças profundas no jeito de reportar histórias (reportagem). Escreveu livros com atenção especial à diversidade no futebol, tais como “Coligay – Tricolor e de todas as cores”, “Somos azuis, pretos e brancos”, “A Fonte, a incrível história de Salim Nigri”, e “Uma história gremista de amor e inclusão”, sobre o IGT, braço social do clube. Também escreveu o infantil “Meu pequeno imortal”, “Reconquista” (trajetória do tricampeonato continental do Grêmio), “Jayme ao quadrado” (a biografia do jornalista Jayme Copstein), “Viagem à alma tricolor em 7 epopeias” e o recente “Revolução Digital na Copa da França”. Neste, muito em especial, fez um ensaio sobre o panorama das comunicações e as mudanças radicais pelas quais passaram. Além de formado em Jornalismo (1986, na UFRGS), é formado em Direito (1988, na PUCRS).
Iris Sinoti e Cláudio Sinoti – Iris Sinoti é baiana de Salvador, especialista em Terapia Junguiana, Recursos Humanos e Terapia Transpessoal. Cláudio Sinoti é paulistano residente em Salvador/BA. Especialista em Terapia Junguiana, curso de extensão em Educação Transpessoal, Educador Corporativo. Ambos são escritores e idealizadores da Série/Documentário “Depressão: que tal conversarmos?”, lançada em 2023. Em conjunto, são autores das seguintes obras: “Ao Encontro de Si Mesmo: Reflexões sobre o ser humano e os desafios existenciais” Editora Intelítera – “Em Busca da Iluminação Interior (Obs: obra em coautoria com Joanna de Ângelis)”. Leal Editora – “Amar a Vida e Respeitar a Existência”. FEP – Portugal
Rabino Guershon Kwasniewski – Dirige a Sociedade Cultural e Beneficente Judaica Brasileira desde 1996, em Porto Alegre, Brasil. Também pertence ao grupo de diálogo inter-religioso de Porto Alegre, no qual atua como coordenador desde 2014. Estudou no Seminário Rabínico Marshall T. Meyer Latino-Americano na Argentina e no Seminário Rabínico Schechter em Israel. É membro fundador da World Union for Progressive Judaism Latin America e da Conferência Central de Rabinos Americanos. Por seu trabalho inter-religioso, foi selecionado para participar do Programa de Liderança de Visitantes Internacionais, organizado pelo Bureau de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos EUA. Estudou no curso sobre o uso do diálogo inter-religioso para fortalecer a paz, a reconciliação e a coesão social, desenvolvido pela KAICIID. É um sonhador e realizador.
Dep. Olívia Santana – Política, ativista e professora brasileira. De 2005 a 2012, foi vereadora da cidade de Salvador, na Bahia. De 2015 a 2017, foi secretária de Estado de Políticas para as Mulheres da Bahia. De 2017 a 2018, atuou como secretária de Estado do Emprego, Trabalho e Esportes da Bahia. Em 2019, se tornou deputada estadual no Legislativo da Bahia. Foi a primeira mulher negra eleita deputada estadual na Bahia.
Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann – Professor da Universidade Estadual da Paraíba em Relações Internacionais. Coordenador do Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais. Dedica-se ao Estudos para a Paz e Segurança Mundial, Tratamento de Conflitos, Não Violência, Cultura de Paz (Comunicação Não Violenta, Mediação, Justiça Restaurativa, Círculos Restaurativos e de Diálogo, Sensibilização pela Arte para a Paz). Doutor (2007) e mestre (2001) em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, bem como vários cursos na área de Clown, além de cursos de Teatro, Mímica e Manipulação de Bonecos. Coordenador do Grupo de Estudos de Paz e Segurança Mundial (GEPASM/UEPB) e do Projeto Universidade em Ação, que lida com a Educação para a Paz por meio das Artes e das ferramentas de construção de Cultura de Paz.
Denis Plapler – Sociólogo (PUC-SP) e mestre em Filosofia pela FEUSP. Consultor da UNESCO para MEC (2015-16); educador e coordenador do Colégio Viver, Projeto Âncora, Instituto Alana, Transparência Brasil, Instituto Singularidade. É o atual presidente da Associação Janusz Korczak Brasil.
Susan Andrews – Psicóloga e antropóloga formada pela Universidade de Harvard, fundadora e coordenadora da Ecovila Parque Ecológico Visão Futuro, no interior de São Paulo e coordenadora do FIB no Brasil.
André Luiz Actis – Cineasta, presidente e criador da Tv Pelourinho, fundada em 2008, já capacitando e incluindo para o mercado de trabalho audiovisual mais de dois mil jovens periféricos em vulnerabilidade social, nas áreas de produção, direção, roteiro, edição, fotografia e social média.
Alessandra Gaidargi – Professora Doutora, atuante nas áreas de Educação, Ensino e Pesquisa, Comunicação e Gastronomia. Formação superior em Pedagogia (2004), Comunicação Social – Jornalismo (2008) e Química (2022). Especialização em Docência no Ensino Superior (2009) e MBC em Comunicação Empresarial e Institucional (2011). Mestre (2013) e Doutora (2018) em Educação. Pós-doutorado em Educação e Culturas de Paz (2020). Autora do livro Pedagogia da Paz e outros seis títulos na área de educação. Especialista em Neurociência e Neuroeducação (2021). Dedica-se a pesquisas em Educação Dialógica, Culturas de Paz, Alimentação e Cultura, Educação e Tecnologias. Participa do Grupo de Pesquisa Justiça Dialógica (GRUPJUS) e contribui com a rede Pedagogia da Virtualidade.
Sami Storch – Juiz de Direito, pioneiro mundial no uso das Constelações Familiares no judiciário e autor da expressão “Direito Sistêmico”. Mestre em Administração Pública e Governo (EAESP-FGV/SP). Docente da Escola Hellinger (Alemanha) e coordenador da Pós-graduação em Direito Sistêmico pela Hellinger. Schule/Faculdade Innovare. Autor do livro “A Origem do Direito Sistêmico”
Daniel Munduruku – Escritor e professor paraense, pertencente ao povo indígena Munduruku. Autor de 54 livros publicados por diversas editoras no Brasil e no exterior, a maioria de literatura infanto-juvenil e paradidáticos. É graduado em Filosofia, História e Psicologia. Tem Mestrado em Antropologia Social pela USP – Universidade de São Paulo, Doutorado em Educação também pela USP e Pós-Doutorado em Literatura pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Já recebeu vários prêmios nacionais e internacionais por sua obra literária: Prêmio Jabuti CBL – Câmara Brasileira Do Livro, Prêmio da Academia Brasileira de Letras – ABL, Prêmio Érico Vanucci Mendes – CNPq, Prêmio Madanjeet Singh para a Promoção da Tolerância e da Não Violência – UNESCO, Prêmio da Fundação Bunge pelo conjunto de sua obra e atuação cultural, em 2018, entre outros.
Nei Alberto Salles Filho – Docente e pesquisador da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR). Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR), pós-doutor em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Mestre em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP/SP). Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas (Mestrado/Doutorado) da UEPG/PR. Professor do Curso de Educação Física (Graduação) da UEPG/PR. Pesquisador dos grupos: Cultura de Paz, Direitos Humanos e Sustentabilidade e Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas. Coordenador do Núcleo de Educação para a Paz (NEP/UEPG) que atua na formação de recursos humanos em alternativas às violências e qualificação das convivências em espaços educacionais e não-educacionais. Desenvolve estudos sobre Educação e Metodologias de Ensino com ênfase nos temas: cultura de paz; educação para a paz; educação em direitos humanos; violências escolares; bullying; conflitologia; ecoformação e sustentabilidade. Na dimensão teórica, discute prioritariamente a Teoria da Complexidade e as abordagens sociológicas, particularmente as Epistemologias da Sul.
Bárbara Tomiatti – Doutoranda em Estudos Internacionais em Paz, Conflitos e Desenvolvimento, pela Universitat Jaume I, pós-graduanda em Psicologia Transpessoal pela UNIPAZ São Paulo, mestra em Comunicação com Fins Sociais, pela Universidad de Valladolid e graduada em Relações Públicas pela faculdade Cásper Líbero. Com vivência internacional na Nova Zelândia e Espanha, é eterna mestra e aprendiz da Comunicação para a Paz. Está a serviço da vida como fundadora da Comunica com Alma, projeto internacional de Comunicação para a Paz e Desenvolvimento Humano.
Lama Padma Samten – Budista – Brasileiro, com formação em Física pela UFRGS, onde foi professor por duas décadas. Posteriormente ordenado por seu mestre Chagdud Rinpoche como Lama budista da linhagem tibetana Ningma, fundou e dirige o Centro de Estudos Budistas Bodisatva presente em vários estados brasileiros. Seu foco é auxiliar as pessoas em suas vidas através da visão do Buda. Atua também no Instituto Caminho do Meio voltado a questões sociais, ambientais e educacionais. Suas áreas de interesse se estendem à proteção da natureza, à ciência, à educação e à construção de mundos melhores.
Carla Habif – Doutoranda em Relações Internacionais (PUC-Rio), desenvolvendo tese na área de resistências não armadas entre Palestina e Israel. Mestre em História Comparada pela Universidade do Rio de Janeiro (2015) e Bacharel em História pela Universidade Federal Fluminense (2009). Possui experiência na área de Relações Internacionais com atuação em diálogo intercultural e resolução de conflitos (Muslim Jewish Conference).
Sheik Rodrigo Jalloul – Muçulmano – Líder religioso do islã, feirante, defensor de direitos humanos e liberdade religiosa; e protetor dos animais
Ivan Durães – Protestante – Pós-doutor em Educação, em Direito, em Ciências da Religião, em Antropologia. Doutor e Mestre em Direito. Mestre em Ciências da Religião. Bacharel em Direito, Filosofia e Teologia. Diretor de Regulação e Pesquisa na Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Coordenador de cursos. Professor e escritor.
Hanayana Brandão – Doutoranda e Mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia, possui graduação em Comunicação Social – Habilitação em Rádio e TV pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2005). Pesquisadora do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT), com pesquisas nas áreas de Políticas Culturais, Comunicação e Cultura, Tecnologias da Comunicação e Cibercultura, Cultura e Sociedade, Ditadura militar com especial interesse pelas temáticas de resistência cultural, censura e liberdade de expressão. É membro do grupo de pesquisa Observatório de Políticas e Gestão Culturais (UFBA). Foi diretora de Organização Curricular e Pedagógica da Educação Profissional na Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC-BA), professora dos cursos de Jornalismo, Cinema e Vídeo na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), no curso de Pós Graduação em Gestão Pública da Universidade do Estado da Bahia. Atualmente é professora da Pós-Graduação em Gestão Cultural da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Na área de Comunicação, tem experiência com ênfase em Televisão, Vídeo, Jornalismo, Comunicação Audiovisual, Sonoplastia, Marketing Digital, produção de conteúdo sonoro e produção de conteúdo para web e elaboração e coordenação de projetos culturais. Em 2005, recebeu da Sociedade Brasileira de Diabetes o I Prêmio de Imprensa SDB, nas categorias Televisão e Grand Prix; em 2015, o Prêmio Professor Imprensa – Região Nordeste, da Revista que leva o mesmo nome. Desde 2010, trabalha com educação à distância através do Programa Nacional de Formação em Administração Pública do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Sobre os Pré Congressos realizados
Dia 17 de julho de 2023 – Abertura com Davi Windholz – 1º. Encontro – Tema: Educação para a Paz e Ecologia do Encontro.Palestrantes: Roberto Crema, Alessandra Gaidargi e Nei Alberto Salles Filho
Dia 31 de julho – 2º Encontro – Tema: A educação no processo de pacificação da sociedade. Palestrantes: Daniel Munduruku, Ana Célia da Silva e Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann
Dia 14 de agosto – 3º Encontro – Tema: A religião como processo de pacificação da sociedade Palestrantes: Adriana de Nanã (candomblé), Rabino Guershon Kwasniewski (judaísmo), Frei Nilo Agostini (catolicismo), Sheik Rodrigo Jalloul (islamismo) e Lama Padma Samten (budismo).
Dia 28 de agosto – 4º Encontro – Tema: A mídia e as redes sociais no processo de socialização para a cultura da paz e não violência – o combate à violência verbal Palestrantes: Bárbara Tomiatti Giancola, Léo Gershmann e Hanayana Brandão
A história da organização Mãos para a Paz
Em 2008, após a crise entre judeus e árabes na cidade de Acre, em Israel, Davi Windholz decidiu criar uma ONG educacional para trabalhar com crianças e jovens judeus, muçulmanos, cristãos e drusos em Israel, desenvolvendo um modelo teórico e prático de educação bilíngue para a paz e não violência. O primeiro projeto foi uma colônia de férias com 50 crianças da Galileia Ocidental. O projeto se desenvolveu e, junto com a ONG Shorashim (Roots/Raízes), na região da Palestina foi realizada a primeira colônia entre israelenses e palestinos, judeus e árabes. Após 12 anos, o Centro Alternativo trabalha com 20 mil crianças e jovens. Paralelamente ao trabalho educacional com crianças e jovens, o Centro desenvolveu atividades e oficinas com adultos na área de inteligência emocional, comunicação positiva, mediação de narrativas e solução de conflitos por meios não violentos, assim como oficinas de empoderamento de mulheres que sofreram abuso emocional, físico e sexual.
Em 2010, Davi Windholz começou, junto com Sérgio Storch, a desenvolver um modelo de trabalho baseado na hipótese de que Brasil poderia ser uma ponte entre Israel e Palestina. Com os embaixadores do Brasil na Palestina e em Israel se formou um grupo de brasileiros israelenses e palestinos. Uma primeira reunião foi realizada na Palestina, em Ramallah, com o apoio do embaixador Paulo França. Neste processo foram envolvidas várias organizações educacionais e de direitos humanos em Israel, Palestina e Brasil. Foram criadas uma série de reuniões, palestras e oficinas nos três países. Neste processo, Davi apresentou o modelo educacional do Centro Alternativo e o modelo de Educação Bilíngue, dirigido à mediação, reconciliação, reconhecimento do outro, não violência e, finalmente, à Paz. Este modelo está descrito no livro “Psicopedagogia do Amor”, de sua autoria, e no modelo da “Cultura da Paz”, de Pierre Weil.
Em um encontro no Rio de Janeiro, após expor o modelo educacional, um dos participantes definiu esse modelo bilíngue não como uma relação entre judeus e palestinos, mas sim como uma relação entre o “asfalto” (bairros de classe alta) e o “morro” (favelas). A partir daí foi discutida a universalidade do modelo e a necessidade da criação de uma estrutura que reúna organizações educacionais que trabalham com modelos democráticos, dialógicos, pró cultura da paz e não violência.
Sérgio Storch e Davi Windholz decidiram desenvolver uma Rede Internacional de educação para Paz e Não Violência e, como primeiro, passo planejaram realizar um Congresso que reunisse organizações e educadores para fundamentar a Rede, trocando ideias e modelos teóricos e práticos. Em julho de 2021 Sérgio Storch faleceu de Covid-19. A comissão que haviam formado seguiu desenvolvendo a programação do Congresso.
Paralelamente à preparação do Congresso, Davi Windholz mudou-se para Portugal, para criar a Sede Central da Rede Internacional de Educação para Paz e Não Violência. No mês de julho foi criada a Associação Mãos para Paz em Portugal, coordenada por duas organizações: Alternative Center for Peace and NV Education e a UNIPAZ. “A Associação Mãos para a Paz tem por objeto social difundir a cultura da paz em Portugal e no mundo para modificar as realidades de ódio, racismo, homofobia e xenofobia geradoras de violência, integrada na rede internacional de educação para a paz e a não violência”, explica Windholz, acrescentando que a Mãos para a Paz tem sua sede central em Porto, Portugal, de tal forma que buscar ser um elo entre Israel e Palestina com Europa e com América Latina, além de outros países de fala portuguesa e espanhola.
Além disso, foram definidas metas de projetos com profissionais na área de educação, crianças, jovens, estudantes e adultos. “Isto é um pensar global, mas com ação local, de acordo com o desenvolvimento da Rede no país e das necessidades do mesmo. Também houve um pensar de desenvolver em cada país o projeto centralizado em uma cidade, como “projeto piloto”, que envolvesse organizações do setor civil, público e particular, voltados para a cultura e educação para paz.
“Nosso objetivo maior é trabalhar com a comunidade como um todo, em todos seus setores, e desenvolver um projeto holístico de cultura da paz. Isto implica um trabalho com todos os setores da comunidade, desenvolvendo lideranças democráticas e programas pluralistas que respondem as necessidades de cada subgrupo dentro da comunidade. Mesmo com tanto trabalha já realizado, digo que ainda estamos dando nossos primeiros passos e que precisamos desenvolver uma estrutura logística leve adiante a ideologia da cultura da paz através da educação e do trabalho comunitário. Somos muitas organizações educacionais e de trabalho comunitário, mas somente na formação de uma rede na qual trabalhamos juntos e com o apoio do setor público, empresarial e particular, é conseguiremos alcançar nossos objetivos”, diz Windholz.