Judd Allen é Ph.D. em Psicologia Comunitária e presidente do Human Resources Institute / Divulgação
Maior referência de cultura saudável nas empresas no mundo, o psicólogo Judd Allen fará a conferência de abertura do 21º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida, nesta terça-feira (19/9)
A pandemia teve um grande impacto na saúde mental e no bem-estar em muitas organizações. No Brasil, para a maior referência de cultura saudável nas empresas no mundo, Judd Allen, Ph.D. em Psicologia Comunitária e presidente do Human Resources Institute, a crise sanitária e a polarização política tiveram um efeito muito profundo e negativo nas questões mentais. Por isso, é necessário, neste momento, desenvolver estratégias de medição e programação para apoiar atitudes e comportamentos que fortaleçam a saúde mental dos trabalhadores.
“Uma cultura saudável precisa agora dar maior ênfase ao bem-estar mental”, afirma.
Com muito mais pessoas trabalhando em casa ou em uma combinação híbrida de trabalho (home office e presencial), aumentou a conscientização sobre o impacto na saúde de subculturas importantes, como família e amigos. O local de trabalho não pode mais ser o epicentro dos esforços para abordar culturas saudáveis. É preciso ambientes de apoio no trabalho, em casa e na comunidade.
“Pela minha experiência, os brasileiros já estavam abertos ao apoio de seus colaboradores e familiares. Esta abordagem de trabalhar com amigos, família e colegas de trabalho para atingir objetivos de bem-estar é valiosa na nova configuração dos ambientes laborais. Inclusive, os programas de bem-estar devem proporcionar formação em apoio mútuo para a melhoria do estilo de vida”, garante o especialista.
Desafio da cocriação de culturas saudáveis
Allen fará conferência de abertura no 21º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida (CBQV), que ocorre nesta terça-feira (19) e quarta-feira (20), no Instituto de Ensino e Pesquisa Sírio-Libanês, na capital paulista.
Na oportunidade, ele vai falar sobre “O Desafio da Cocriação de Culturas Saudáveis no Trabalho e na Comunidade”, quando pretende explicar que a maioria dos programas de bem-estar concentra-se na iniciativa e na mudança individual, o que, de fato, é importante para a saúde das pessoas. Contudo, essas ações não abordam suficientemente a questão do apoio cultural.
“Precisamos adicionar iniciativas que mudem as normas culturais, mobilizem o apoio dos pares e à liderança, e promovam um clima social de apoio. O antigo debate questionava se deveríamos nos concentrar no indivíduo ou no meio ambiente. Esta é uma escolha falsa. A resposta correta é em ambas”, destaca o psicólogo.
Atuando desta forma, a cultura saudável consegue ser instalada e traz como benefícios aos trabalhadores e à organização:
- melhoria do moral no trabalho; e
- maior sucesso na consecução dos objetivos de bem-estar.
Todos os anos, segundo o especialista, a maioria das pessoas tenta atingir uma ou mais metas de melhoria do estilo de vida, como atividade física, alimentação saudável ou redução do estresse. Sem apoio cultural, a maioria desses esforços de mudança falham após alguns meses.
“No entanto, com apoio, as pessoas alcançam mudanças duradouras e positivas”, salienta, dizendo que o interesse em vidas saudáveis e produtivas deve ser mútuo e ultrapassar as fronteiras profissionais típicas, tais como entre a gestão e os trabalhadores iniciantes.
“Um programa de bem-estar baseado na cultura promove um sentido de comunidade, uma visão partilhada e uma perspectiva positiva. Estes são os ingredientes de organizações saudáveis e produtivas”, ressalta.
Sustentabilidade
Mais uma vez participando do principal evento de qualidade de vinda no trabalho, promovido pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Allen revela que o tema do Congresso: “O Estado da Arte da Qualidade de Vida no Trabalho: Tendências, Cultura e Sustentabilidade”, é muito atual, pois é preciso ter competências para criar culturas sustentáveis em casa, no trabalho e na comunidade.
“Esta é uma ótima oportunidade para compartilhar nossas melhores ideias e desfrutar da companhia de pessoas que pensam como você. Minhas participações anteriores foram muito informativas e animadas. O Brasil tem sido pioneiro na reflexão sobre qualidade de vida. Sinto-me honrado por fazer parte de um trabalho tão importante”, conclui Allen.
Acesse a programação do 21º congresso Brasileiro de Qualidade de Vida e faça sua inscrição presencial na data do evento.
Sobre a ABQV
A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1995, com o objetivo de estimular ações e programas de qualidade de vida em ambientes corporativos, bem como desenvolver parcerias e convênios com importantes entidades da sociedade brasileira. Para atingir essa meta, oferece subsídios atualizados e relevantes a profissionais que desejam ampliar os seus conhecimentos na área e atuar como multiplicadores de uma rotina que alie harmoniosamente trabalho e bem-estar.
Entre os seus principais objetivos, estão: promover a integração e o desenvolvimento de profissionais multidisciplinares; influenciar nos processos de transformações sociais e organizacionais em qualidade de vida; fomentar parcerias com outras entidades nacionais e internacionais, inclusive no âmbito governamental; desenvolver estudos e pesquisas balizadoras na área de qualidade de vida; promover encontros, seminários para reflexão e discussão de assuntos relacionados à qualidade de vida; divulgar informações de diferentes naturezas pertinentes à área de qualidade de vida, mostrando tendências, novidades, novos conceitos e práticas de mercado.